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26/05/2025

PRESIDENTE DA CTB DEFENDE CAMPANHA GLOBAL CONTRA O SISTEMA CAPITALISTA E IMPERIALISTA

Leia abaixo a íntegra do pronunciamento feito pelo presidente da CTB no IX Congresso Ordinário da Confederação Intersindical Galega (CIG), que foi aberto sexta-feira (23) na cidade de Santiago de Compostela, na Galícia, Espanha.

A classe trabalhadora enfrenta, hoje, uma conjuntura crítica e desafiadora. Presenciamos a decomposição da ordem capitalista mundial comandada pelos EUA, a falência do neoliberalismo e a ressurreição e ascensão do nazi-fascismo, que se apresenta com novas roupagens e configura o último refúgio e recurso do capitalismo em crise.

Como sempre ao longo da história, a resposta do capital à crise que sacode a sociedade burguesa consiste em aumentar o grau de exploração sobre a força de trabalho. Com este objetivo está em curso uma ofensiva contra o Direito do Trabalho que não encontra paralelo na história.

A agenda da classe dominante é orientada pelo propósito de destruir a qualquer preço as conquistas e direitos arrancados na luta de classes pelos trabalhadores e trabalhadoras durante os últimos três séculos, de forma a que as relações sociais de produção retrocedam ao padrão vigente nos primórdios do capitalismo.

A apropriação e manipulação das novas tecnologias pela alta burguesia opera neste mesmo sentido, contribuindo para a desregulamentação e precarização do mercado de trabalho, individualização dos contratos e o estabelecimento de um ambiente sócio-econômico carente de garantias elementares para os trabalhadores e trabalhadoras. É o que prevalece com a chamada uberização e a exploração do trabalho no capitalismo de plataformas.

No plano ideológico, o capital trabalha no sentido de dividir nossa classe, impedir o acesso à consciência de classes e destruir todos os vestígios de identidade classista, razão pela qual, por exemplo, os trabalhadores são cinicamente chamados de colaboradores no idioma empresarial contemporâneo, por sinal hegemônico na mídia burguesa.

O cenário internacional é inquietante. A corrida às armas se intensifica. Os líderes imperialistas de uma Europa decrépita e sem rumo anunciaram a criação de um fundo de 800 bilhões de euros para investimentos bélicos É uma clara aposta na perspectiva de uma Terceira Guerra Mundial, cujos riscos não devem ser negligenciados.

Os recursos bilionários anunciados para a indústria da guerra e da morte certamente serão subtraídos do orçamento social, ou seja, dos investimentos em saúde, educação e bem estar da população. Quem vai pagar esta conta, no final, é a classe trabalhadora, que também deve servir de bucha de canhão nas aventuras bélicas que estão sendo planejadas pelo imperialismo.

Indiferente à forte onda de indignação que avança em todo o mundo, o governo neonazista de Israel prossegue com o genocídio do povo palestino e já não esconde o propósito criminoso de completar a limpeza étnica para ocupar a Faixa de Gaza, a despeito da ONU. A empreitada colonialista é levada a cabo pelo Estado sionista sob o guarda chuva do governo imperialista dos EUA e a cumplicidade das potências europeias.

Também prossegue sem solução a guerra entre Rússia e Ucrânia, que a bem da verdade deve ser caracterizada como uma guerra de procuração do chamado Ocidente, através da OTAN, contra a Federação Russa. Não se pode esquecer que na origem do conflito está a provocadora expansão da OTAN pelo leste europeu, permeada por golpes travestidos de revoluções coloridas envolvendo os países que compunham a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

O drama vivido agora pela humanidade é agravado pela crise climática, que avança em meio à desordem global sem esperança de solução nos marcos do sistema capitalista.

De outro lado, em contraposição à decadência e decomposição da ordem imperialista, observa-se a ascensão da China e do Brics, que foi fortalecido e ampliado em suas duas últimas cúpulas.

Este movimento de nações à margem dos centros imperialistas, liderado pela China, desenha uma nova ordem mundial e enseja perspectivas promissoras para os países mais pobres, oprimidos pelo tacão neocolonialista do imperialismo. Fundado em 2009, o bloco geopolítico já soma um PIB superior ao outrora todo poderoso G7, em franca decadência.

Diante deste quadro é preciso intensificar a resistência e a luta classista, redobrar os esforços de conscientização da classe trabalhadora, direcionar o combate contra o sistema capitalista e apontar o socialismo como única alternativa à crise do sistema que está conduzindo a humanidade ao caminho da guerra e da barbárie.

Cresce a necessidade de realizar uma campanha global de denúncia do sistema capitalista-imperialista, bem como das agressões colonialistas e sionistas, e em defesa do socialismo, ideal maior da classe trabalhadora em todo o mundo.

É imperioso resgatar o internacionalismo proletário e o espírito da palavra-de-ordem revolucionária proposta por Karl Marx: trabalhadores de todo o mundo, uni-vos!

Fonte: Portal CTB

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