Informativo
CESTA BÁSICA ACUMULA ALTA DE 14,39% EM 12 MESES E ARROCHA OS SALÁRIOS; CRESCE MOVIMENTO GREVISTA
Preços dos alimentos da cesta básica seguem em alta. O aumento
em 12 meses acumula 14,39%, em 14 de 16 Capitais pesquisadas pelo Dieese.
Combinado com a evolução das negociações salariais, que em geral
não repõem sequer o INPC, a carestia impõem um crescente arrocho dos salários.
Novo levantamento do Dieese revela que, em maio, cerca de
64% das negociações coletivas tiveram resultados inferiores à in?ação pelo
INPC. Reajustes acima desse índice foram observados em cerca de 19% dos casos;
e iguais, em 17%. Pior resultado de uma data-base no período analisado.
No acumulado de 2021, 14,3% dos resultados apresentaram aumentos
reais; 27,8%, apenas recomposição das perdas, e 58%, ?icaram abaixo da
in?lação, sempre em comparação com o INPCIBGE. A variação real média no ano é
de -0,67%.
Já os preços dos alimentos da cesta básica seguem em alta. O
aumento em 12 meses acumula 14,39%, em 14 de 16 capitais pesquisadas pelo mesmo
Dieese. Sem reposição, os salários não acompanham os preços e o trabalhador se
vê em apuros, uma vez que se vê diante de uma redução do poder aquisitivo e já
não pode comprar a mesma quantidade de mercadorias que comprava antes.
Porto Alegre lidera a carestia. A cesta básica, na Capital do
RS, chegou a R$ 636,96. Em São Paulo, bateu em R$ 636,40. Ou seja, valores
muito acima do Auxílio Emergencial médio de R$ 240,00 pago pelo governo
federal.
Considerado o período entre maio de 2020 e o mesmo mês de 2021,
o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as Capitais. Brasília
liderou com 33,36%.
SALÁRIO
MÍNIMO
Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido,
após desconto previdenciário (7,5%), verifica-se que a pessoa remunerada pelo
piso nacional comprometeu, na média, 54,84% do salário líquido pra comprar os
alimentos básicos a um adulto. Em abril, 54,36%.
O óleo de soja aumentou em 15 Capitais. Carne bovina de primeira
subiu em 16. Café em pó, 15. Pão francês subiu em 13. Entre abril e maio, o
leite integral aumentou em 12 Capitais.
Variação mensal da cesta, 0,60%. Neste ano, 0,78%. Em 12 meses,
14,39%.
CRESCIMENTO
DO MOVIMENTO GREVISTA
O quadro de arrocho e pandemia tem despertado desconforto e
reação da classe trabalhadora, como indica o significativo aumento do número de
greves no primeiro quadrimestre deste ano.
Segundo o Sistema de Acompanhamento de Greves do DIEESE (SAG),
foram realizadas, no primeiro quadrimestre de 2021, 231 greves. De janeiro a
abril, houve crescimento mensal de 30% – de 47 a 67 paralisações. A maioria
(75%) ocorreu no setor privado, sobretudo nos transportes (105), envolvendo
majoritariamente rodoviários dos coletivos urbanos.
Entre as paralisações do funcionalismo público (17%),
destacam-se as dos servidores/as das redes estaduais e municipais de educação
(16 greves). Quase metade das mobilizações (48%) foi realizada contra o atraso
no pagamento de salários (inclusive o 13º) e férias.
A implantação, o reajuste ou a regularização do
vale-alimentação/refeição foi a segunda motivação mais frequente, presente na
pauta de um quarto das mobilizações (25%). Em terceiro lugar (24%), estão as demandas
por ações de proteção contra a disseminação do coronavírus, em especial mais
rapidez na vacinação de trabalhadores mais expostos ao risco de contaminação.
Entre as principais motivações está ainda a luta contra as
demissões, pela manutenção do emprego (11%). Na educação, crescem os con?litos
entre educadores/as e governos, mas sem interrupção do trabalho. Os
trabalhadores/as querem a permanência do regime remoto enquanto não houver
vacinação e condições de segurança nas escolas.
REDUÇÃO
DA JORNADA E SALÁRIO EM BAIXA
O estudo do Dieese também identificou uma redução nas
negociações sobre redução de salários e jornada de trabalho.
A edição da MP 1.045 trouxe de volta a redução proporcional da
jornada e de salários e a suspensão temporária do contrato de trabalho com
pagamento do Bene?ício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda. A
s disposições tinham sido instituídas pela primeira vez pela MP
936, em abril de 2020, para enfrentar a crise provocada pela covid-19, e
prorrogadas por meio da lei 14.020, de julho de 2020. No ?inal de abril de
2021, após a piora da pandemia, o governo editou a MP 1.045, para adotar as
medidas novamente.
Mesmo com a maior quantidade de mortes por covid-19 nesse
momento, o número de negociações sobre as disposições da MP caíram. Não é
possível determinar a razão, mas há algumas hipóteses: menor temor da doença;
preocupação dos empregadores em relação à redução das atividades econômicas e
fechamento de empresas por causa dos impactos da pandemia. É possível também
que haja acordos individuais, que não aparecem nos instrumetos coletivos.
O setor de serviços foi o que mais fez acordos sobre as MPs 936
e 1.045. Foram 2.656 negociações de abril de 2020 a maio de 2021, ou 47,4% das
negociações sobre o tema no período. Isso se explica pelo fato de que, nesse
setor, em muitos casos, o trabalho realizado exige contato pessoal entre
prestador de serviços e cliente. A indústria registrou 1.904 negociações com
cláusulas sobre o tema, cerca de 1/3 do total. No comércio, houve 961
negociações e no setor rural, só 62.
Clique aqui e acesse a íntegra da
pesquisa.
Fonte: Portal CTB
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