Informativo
TRABALHADORES INFORMAIS PODEM PERDER 37% DA RENDA SEM AUXÍLIO, DIZ FGV
Enquanto o ministro-banqueiro da Economia,
Paulo Guedes, chantageia o Congresso, tentando vincular um novo auxílio para
trabalhadores informais ao fim do piso para investimentos em saúde e educação,
um grupo pertencente a essa categoria, o dos “invisíveis”, deve sofrer queda de
até 37% da renda, caso o benefício não seja viabilizado. Um estudo da Fundação
Getulio Vargas (FGV) divulgado na terça (23) revela ainda que, mesmo com o
auxílio, a renda deve ficar quase inalterada para esse grupo.
Segundo os autores da pesquisa, Lauro
Gonzalez e Leonardo Oliveira, esses trabalhadores classificados como
“invisíveis” são os contemplados com o auxílio emergencial no passado que
usualmente não recebem o Bolsa Família ou o benefício de prestação continuada
(BPC). Como um todo, a categoria corresponde aos que afirmam trabalhar sem
carteira assinada, trabalhadores autônomos e familiares auxiliares.
No cenário pessimista, com um auxílio de R$
200, como pretendem Jair Bolsonaro e Guedes, os invisíveis teriam alta na renda
de 5% (homens) a 11% (mulheres). No caso dos informais, as variações seriam de
-2% e +2%, respectivamente. Sem o benefício, as quedas ficariam entre 28%
(mulheres dentro da categoria invisíveis) e 37% (mulheres no grupo informais).
Para os homens, as perdas seriam de 23% e 30%, respectivamente.
Na outra ponta das simulações do estudo, com
cenário otimista da pandemia e auxílio de R$ 250, o aumento de renda seria de
18%-23% (homens e mulheres invisíveis, respectivamente) a 17%-25% (homens e
mulheres informais, respectivamente).
“Cumpre salientar que a existência de um
grande contingente de trabalhadores na informalidade decorre de mudanças no
mundo do trabalho que precedem a pandemia. Daí a necessidade de aprimorar as
políticas de transferência de renda em caráter permanente”, completaram Lauro
Gonzalez e Leonardo Oliveira.
Outro estudo, de pesquisadores do Centro de
Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades (Made), da Universidade de São
Paulo (USP), descreve as contribuições do auxílio para a economia brasileira no
ano passado. Intitulado ‘Quão mais fundo poderia ter sido esse poço? Analisando
o efeito estabilizador do Auxílio Emergencial em 2020’, o estudo demonstra que,
com um gasto equivalente a 4,1% do PIB de 2020, o auxílio foi responsável por
evitar que a economia caísse entre 8,4% e 14,8%.
“As pessoas que estavam desempregadas e
receberam o auxílio reverteram esse dinheiro em consumo. Por exemplo, compraram
alimentos em um mercadinho. Então, o mercadinho, vendo que a demanda cresce,
contrata mais pessoas. Essas pessoas contratadas também vão consumir, gerando
mais renda, e assim por diante. Esse é o mecanismo do efeito multiplicador”,
explica o mestre em Teoria Econômica Matias Cardomingo, um dos autores do texto
ao lado de Marina Sanches e Laura Carvalho.
Para o pesquisador, Bolsonaro recorre
novamente ao auxílio porque não foi capaz de estabelecer outras medidas de
enfrentamento às crises econômica e sanitária. “O governo não fez o mínimo para
que as pessoas voltassem a sair de casa, que é a vacinação. A vacina é a
resposta para a gente conseguir superar essa pandemia.”
Fonte:
Agência PT
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