Informativo

08/02/2022

INDICADOR SOBRE EMPREGO DA FGV CHEGA AO PIOR NÍVEL DESDE AGOSTO DE 2020

“A criação de emprego depende de crescimento econômico que, infelizmente, não teremos em 2022”, diz economista

Por Renata Vilela

Pela terceira vez consecutiva, o Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp), medido ela Fundação Getúlio Vargas (FGV), vem negativo em janeiro. De acordo com o Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre-FGV), o indicador busca antecipar os principais movimentos do mercado de trabalho por meio de dados extraídos das sondagens empresariais e do consumidor realizadas pela instituição.

Dessa forma, a queda de 5,3 pontos em janeiro mostra um panorama pouco animador para a geração de empregos no próximo período. Os 76,5 pontos alcançados, foram o menor patamar atingido pelo índice desde agosto de 2020, quando ele chegou a 74,8 pontos. Na época, o nível de desocupação chegava a 14,6% da população economicamente ativa, segundo o IBGE. Hoje, esse valor é de 12,6%.

Segundo Rodolpho Tobler, pesquisador do Ibre-FGV, “a piora mais acentuada no início de 2022 decorre da combinação da desaceleração econômica iniciada no quarto trimestre com o surto de Ômicron e Influenza, o que afeta principalmente o setor de serviços, que é o maior empregador, tornando no curto prazo difícil vislumbrar uma alteração no curso do indicador”.

“O resultado ruim desse indicador reflete uma combinação de fatores. Inicialmente a retomada da pandemia (Ômicron, Influenza) nesse início do ano, mas também as dificuldades estruturais da indústria, a queda do poder aquisitivo das famílias por conta da inflação e as incertezas do ano eleitoral”.

Porém, Mendonça afirma que o mais preocupante é o que há por vir: “A criação de emprego depende de crescimento econômico que, infelizmente, não teremos em 2022.”

Fonte: Reconta Aí

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