Informativo

04/02/2022

BOLSONARO SABOTA FISCALIZAÇÃO E DESMATAMENTO DA AMAZÔNIA BATE RECORDE

2022 pode ser outro ano devastador para a Amazônia no Brasil, onde o desmatamento aumentou desde que Bolsonaro assumiu a presidência

A política predatória do governo Jair Bolsonaro continua a atacar o meio ambiente. Conforme dados oficiais divulgados quarta-feira (2), o desmatamento na Amazônia brasileira bateu um novo recorde para janeiro já nas três primeiras semanas do ano. Cerca de 360 km² de floresta foram destruídos entre 1º e 21 de janeiro, de acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Embora o registro pare em 21 de janeiro, a área desmatada até esse dia já é maior do que qualquer janeiro completo desde 2015, quando o Inpe lançou o programa de monitoramento periódico Deter. O desmatamento da Amazônia em todo o mês de janeiro do ano passado foi de 83 km², quatro vezes menos do que o registrado nas três primeiras semanas de 2022.

Segundo especialistas, os dados podem indicam um risco elevado de que 2022 seja outro ano devastador para a Amazônia no Brasil, onde o desmatamento aumentou desde que Bolsonaro assumiu a presidência, em 2019. A sabotagem deliberada do governo à fiscalização está por trás desses recordes. “Um número tão alto em janeiro, que é o pico da estação chuvosa, certamente chama atenção e nos deixa extremamente preocupados”, avalia Claudio Angelo, da ONG Observatório do Clima (rede que reúne dezenas de organizações civis).

Em novembro, o Inpe anunciou que o desmatamento da Amazônia brasileira havia se estendido a 13.235 km² entre agosto de 2020 e julho de 2021 – índice inédito em 15 anos. Foi o terceiro aumento anual consecutivo desde a chegada ao poder de Bolsonaro, que é alvo de críticas por ter enfraquecido as políticas de proteção à floresta e por ter promovido a mineração e a exploração agrícola em áreas protegidas.

FISCALIZAÇÃO DEFICIENTE

Relatório divulgado nesta terça-feira (1) pelo Observatório do Clima apontou que o Ibama gastou menos da metade de seu orçamento de 2021 para fiscalizar crimes ambientais. Dos R$ 219 milhões disponíveis, apenas R$ 88 milhões (41%) foram liquidados para fiscalizar crimes ambientais nos biomas brasileiros.

Com menos fiscalização, há menos multas. O volume de autos de infração por desmatamento em 2021 foi o menor em duas décadas. O número de embargos de propriedade caiu 70% em relação a 2018. A queda de infrações foi elogiada pelo próprio Bolsonaro, que em janeiro se gabou de que seu governo teria reduzido em 80% o número de multas.

Fonte: Portal Vermelho, com informações da DW

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