Informativo
Ação popular por anulação do golpe avança com Lula e Chico Buarque
Comitês
em diversas capitais se mobilizam para coletar 1,3 milhão de assinaturas para
pressionar o STF a anular o impeachment de Dilma Rousseff.
A
ação popular em favor da anulação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff
avança com a assinatura de trabalhadores, estudantes, artistas, intelectuais e
ganha força com a adesão de nomes de peso dentro e fora do cenário político.
Depois da presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), e do senador
Lindbergh Farias (RJ), que assinaram no último dia 5, ocasião da posse da
senadora como dirigente nacional do PT, foi a vez do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva.
Lula
assinou na noite da última segunda-feira (10), em lançamento da segunda fase do
Memorial da Democracia, em Belo Horizonte. "Não conseguimos falar
diretamente com o presidente, mas o Paulo Okamoto se prontificou a levar a
ficha até ele, que assinou", conta a compositora e ativista digital Malu
Aires, da coordenação do comitê em Belo Horizonte.
De
acordo com ela, é cada vez maior o engajamento na ação popular. "Muita
gente que nem conhecemos está espalhando as fichas, coletando assinaturas. E
não se trata de um simples abaixo-assinado. É uma ação popular que tem força
legal. Anular o impeachment significa trazer de volta a credibilidade ao ato de
votar, porque o povo votou e rasgaram seu voto ao afastar a presidenta eleita
democraticamente sem crime de responsabilidade", diz.
Malu
destaca que depende do Supremo Tribunal Federal (STF) trazer de volta a
legalidade democrática e o equilíbrio das instituições. "Aí sim a gente
pode confiar que as próximas eleições serão respeitadas. Caso contrário, como
confiar em uma eleição se houve impeachment sem legalidade democrática, o que
dirá dentro de um golpe de Estado? Só a volta de Dilma para caracterizar que o
governo Temer é usurpador e poder revogar todas as medidas aprovadas em seu
governo", pondera. "Claro que não é algo automático, mas a partir daí
podemos questionar tudo judicialmente".
O
músico Damu Silva, da coordenação do comitê do Rio de Janeiro, também destaca o
envolvimento da população. "As pessoas formam fila diante da nossa tenda
na Candelária para assinar a ação. São pessoas de todas as classes sociais,
trabalhadores, gente quer dar sua contribuição. Muitas até dizem que não votaram
em Dilma, mas entendem que ela tem de voltar", diz.
Damu,
que aproveitou um evento para pegar a assinatura do ex-ministro e ex-prefeito
de São Paulo Fernando Haddad, conta que a ex-ministra da Cultura de Dilma, Ana
de Hollanda, logo que soube da ação entrou em contato. "E apareceu com
mais de cem assinaturas, inclusive do irmão Chico Buarque, da ex-cunhada
Marieta Severo e tantos outros artistas". O vereador de São Paulo Eduardo
Suplicy (PT) também assinou a ação.
Fernanda Pieruzzi, do comitê de Brasília, conta que a anulação do impeachment
chegou a ser discutida no congresso do PT realizado no início de junho, em
Brasília. E que foi aprovada moção de apoio a iniciativas como a ação popular.
"Em ato contra a votação da reforma trabalhista no Senado, companheiros
anunciaram dos carros de som a coleta de assinaturas", conta.
Por
mais remota que pareça a possibilidade de o STF anular o impeachment, Fernanda
pensa diferente. "Os ministros ainda não se pronunciaram. Seria diferente
se julgassem improcedente. Além disso, muitas pessoas ainda desconhecem essa
alternativa do mandado de segurança. E Dilma viaja o mundo denunciando o golpe,
tendo dito até não se sentir aliviada porque ainda é presidenta. E voltando,
ela pode pedir as eleições diretas. Uma coisa não anula a outra",
destaca.
Lançada
no dia nacional de paralisação convocado pelas centrais sindicais e pelos
movimentos sociais, no último dia 30, a ação popular pretende reunir 1,3 milhão
de assinaturas para pressionar o Supremo Tribunal Federal a anular o
impeachment.
Com
comitês em diversas capitais, o Movimento Nacional pela Anulação do Impeachment
contesta o mérito do processo que depôs Dilma mesmo sem ter sido comprovado
crime de responsabilidade.
"A
gente sabe que o Supremo é golpista, que está alinhado com as forças do golpe,
mas a gente tem que fazer um contraponto, uma oposição a isso. Se o povo
pressionar, vai ser outra força e vai fazê-los pensar. É isso que está faltando
aqui no Brasil, essa resistência popular de fato", afirma a enfermeira
aposentada e militante Edva Aguilar, da coordenação nacional do Movimento
Nacional pela Anulação do Impeachment.
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