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Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de sanção do Projeto de Lei nº 1.087, de 2025, que amplia a faixa de isenção e institui a tributação mínima do IR. Palácio do Planalto - Brasília (DF) Foto: Ricardo Stuckert / PR Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de sanção do Projeto de Lei nº 1.087, de 2025, que amplia a faixa de isenção e institui a tributação mínima do IR. Palácio do Planalto - Brasília (DF) Foto: Ricardo Stuckert / PR
28/11/2025

MOVIMENTO SINDICAL VÊ AVANÇO COM ACENOS DE LULA À JORNADA MENOR E PLR ISENTA

Presidente retoma debate sobre redução da jornada e isenção da PLR; centrais celebram sinalização, mas dizem que só mobilização e pressão sobre o Congresso podem promover avanços.

Por Cezar Xavier

A fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a sanção da reforma do Imposto de Renda, nesta quarta-feira (26), recolocou no centro da agenda trabalhista dois temas sensíveis para o movimento sindical: a redução da jornada semanal e a isenção total da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). No evento — marcado pela ausência dos presidentes da Câmara e do Senado e pelo clima de tensão entre Planalto e Legislativo — Lula afirmou que o país não pode seguir “com uma jornada de 1943”, em referência à CLT, e defendeu repensar a taxação sobre PLR, considerada injusta.

As centrais sindicais reagiram imediatamente. Para seus dirigentes, o discurso sinaliza sintonia com pautas históricas dos trabalhadores, mas só ganhará força se houver mobilização intensa nos locais de trabalho e pressão política sobre o Congresso. Em declarações ao Portal Vermelho, falaram Adilson Araújo, presidente da CTB; João Carlos Gonçalves, ‘Juruna’, da Força Sindical; e Sérgio Nobre, presidente da CUT.

Lula mira jornada do século XXI e critica escala 6×1

Ao defender que “os métodos são outros” e que a revolução tecnológica exige repensar o tempo de trabalho, Lula retomou bandeiras estruturantes da esquerda: reduzir a jornada sem reduzir salários e extinguir a escala 6×1. Segundo o presidente, o avanço digital exige outro arranjo produtivo e mais justiça social.

PLR sem imposto: justiça tributária e pressão sobre o Congresso

Na mesma cerimônia, Lula criticou a cobrança de IR sobre PLR acima de R$ 8.214. “É injusto. Eu recebo dividendos e não pago nada, mas um trabalhador que ganha R$ 10 mil de PLR paga imposto. Temos que repensar isso.”

A fala foi comemorada pelas centrais, embora todas reconheçam que a mudança exigirá forte disputa política.

Fonte: Portal Vermelho

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