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04/08/2025

AVALIAÇÃO DE LULA MELHORA ENTRE EVANGÉLICOS, MOSTRA ATLASINTEL

Crescimento nesse segmento religioso é fundamental para as pretensões de reeleição do presidente, que lidera contra todos os adversários testados na pesquisa.

Por Murilo da Silva

Assim como o presidente Lula apresentou melhora em sua avaliação pessoal e na do seu governo, registrada pela pesquisa Latam Pulse, da AtlasIntel e Bloomberg, sua aprovação entre os eleitores evangélicos também melhorou.

Na pesquisa de junho, os evangélicos que demonstraram aprovar o desempenho de Lula eram apenas 21,5%, contra 76,8% que disseram desaprovar.

Já no mais recente estudo, em julho, os evangélicos que dizem aprovar o presidente são 30,4% e os que desaprovam 69,3%.

Ou seja, entre os meses em que Lula melhorou sua avaliação positiva absoluta, ao defender categoricamente a soberania nacional, sua aprovação cresceu também entre um público fundamental, que pode ser decisivo nas eleições de 2026.

Entre junho e julho, Lula cresceu 8,9 pontos percentuais na aprovação evangélica e reduziu a desaprovação em 7,5 pontos percentuais.

O mesmo aconteceu na avaliação do seu governo, de acordo com a pesquisa. Em junho, evangélicos que consideravam o governo Lula como Ruim/Péssimo eram 77,5%, Ótimo/Bom eram 19,8% e Regular 2,7%.

Já em julho o levantamento apontou 69,1% de Ruim/Péssimo, 29,8% de Ótimo/Bom e 1,1% de Regular.

Portanto, temos queda de 8,4 pontos percentuais na avaliação Ruim/Péssimo entre evangélicos e o aumento de 10 pontos percentuais na análise Ótimo/Bom.

Os números podem ser considerados como um importante sinal para o governo que, desde o início do mandato, tenta se aproximar de líderes e eleitores evangélicos – mais alinhados a Jair Bolsonaro.

Conforme o Censo 2022, do IBGE, 26,9% dos brasileiros se identificavam como seguidores da denominação religiosa.

Nas pesquisas para a eleição presidencial em 2022, vencida por Lula, os institutos apontavam que a preferência do público evangélico por Bolsonaro girava em torno de 70%, contra 30% de Lula. Por isso é fundamental equilibrar essa balança contra o bolsonarismo nesse segmento religioso, que já representa mais de um quarto da população brasileira.

Assim, a um ano e três meses da próxima eleição, Lula demonstra reação na preferência da população, enquanto amplia sua relevância nacional e internacional, ao sinalizar que princípios não se negociam, uma vez que não se rendeu às chantagens de Donald Trump. Do lado oposto, Bolsonaro e família sofrem desgaste com o vínculo à chantagem norte-americana, como também a imagem de Jair desfaleça com o avanço da ação penal da trama golpista – agora ele é monitorado por tornozeleira eletrônica.

Eleições 2026

No mesmo levantamento são feitas avaliações para as eleições de 2026. Em todos os cenários em que o presidente Lula está presente, ele vence os adversários.

Em uma simulação com os mesmos candidatos de 2022, Lula marca 47,8% da preferência com os eleitores, enquanto Jair Bolsonaro 44,2% – destacando que o ex-presidente está inelegível até 2030 e não poderá concorrer nas eleições do ano que vem.

Em um cenário em que diversos governadores de direita e extrema-direita disputam contra Lula, o presidente marca 48,5% da preferência e o segundo colocado é Tarcísio de Freitas, com 33%.

Quando Michele Bolsonaro é colocada no lugar do governador de São Paulo, ainda com a presença de outros governadores, Lula mantém os mesmos 48,5% e a ex-primeira-dama fica com 29,7%.

Nas projeções de segundo turno, Lula também bate todos os adversários de direita e extrema-direita, com diferença de 3,8 pontos percentuais contra Jair Bolsonaro ou Tarcísio de Freitas; 4,7 p.p. contra Michele Bolsonaro; 10,1 p.p. contra Romeu Zema; 10,6 p.p. contra Ronaldo Caiado; 10,8 p.p. contra Ratinho Jr.; e 23,9 p.p contra Eduardo Leite.

Fonte: Portal Vermelho

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