Informativo
Temer diz que está 'mais barato para viver': Só na casa dele, rebate aposentada
Em pronunciamento de fim de
ano exibido em rede nacional de rádio e TV, Michel Temer disse que a economia
do país está "em ordem" e que está "mais barato para viver"
no Brasil. "Só se for na casa dele", disse a aposentada Santitlia
Gonçalves ao ouvir a frase do ilegítimo na noite de domingo (24).
"Em um curto espaço de
tempo colocamos a economia em ordem, saímos da recessão e temos as taxas de
juros mais baixas dos últimos anos", afirmou o peemedebista.
A afirmação de Temer ignora a
realidade, inclusive os sucessivos aumentos nos preços do botijão de gás – cujo
valor chegou a R$ 80 em alguns estados – e no litro da gasolina. Desde junho, o
gás de cozinha que acumula alta de cerca de 70%.
"Está mais barato para
comer, para vestir, para morar. Está mais barato para viver", acrescentou
Temer, que diz que o governo conseguiu "baixar os preços dos alimentos e
aumentar o poder de compra dos brasileiros".
A realidade é que, apesar das
quedas na taxa básica de juros e na inflação, 2017 registrou sucessivos
aumentos nos preços do botijão de gás – cujo valor chegou a cerca de R$ 80 em
alguns estados – e no litro da gasolina.
Com a maior rejeição da
história - apenas 3% de aprovação nas pesquisas, Temer diz em outro trecho do
pronunciamento que o governo não adotou "modelos populistas" e não
"escondeu a realidade".
"Não adotamos modelos
populistas, nem escondemos a realidade. Nada de esperar por milagres e contar
com salvadores da pátria", disse ele, que após muitas manobras e uso de
emendas parlamentares, garantiu o engavetamento de duas denúncias contra ele
pela Procuradoria-Geral da República (PGR), por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro.
Temer também comemorou o fim
de garantias e direitos previstos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
com a reforma trabalhista. Disse que a mudança "criou empregos", mas
admitiu que o "desemprego ainda é grande". Ele não citou, mas o
desemprego atinge mais de 13 milhões de brasileiros. No entanto, disse que os números
"demonstram que estamos no caminho certo".
Na projeção de Temer, as
mudanças da reforma trabalhista "vão aumentar o número de postos de
trabalho". De acordo com especialistas, a medida precariza as relações de
trabalho, pois a flexibilização da lei vai favorecer o surgimento de contratos
fracionados, com salários mais baixos.
Temer voltou a defender a
proposta de reforma da Previdência, medida que também é rejeitada pela
população e já sofreu um revés na Câmara. Temer queria votar e aprovar a
proposta neste mês de dezembro, antes do fim do recesso parlamentar. Mas a
impopularidade da proposta não garantiu os 308 votos necessários, obrigando o
governo a recuar e adiar a votação para depois do Carnaval.
"É uma questão do futuro
do país e para garantir que os aposentados de hoje e os de amanhã possam
receber suas pensões", disse Temer, que ainda tentou surfar na aprovação
da proposta de reforma da Previdência na Argentina, na última semana. Mas a
medida foi aprovada após uma negociação do governo Macri em troca de verbas - o
toma lá, dá cá - e sob forte rejeição dos argentinos que ocuparam às ruas de
manifestações gigantescas contra o texto.
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