Informativo
GOVERNO BOLSONARO QUER ACABAR COM O QUE RESTA DOS DIREITOS TRABALHISTAS
As centrais sindicais – CUT, Força Sindical,
UGT, CTB, CST e CSB divulgaram nota nessa segunda-feira (6) criticando as novas
propostas do governo que, segundo as lideranças sindicais vão completar o
desmonte da CLT iniciado em 2017.
A nota destaca que, conforme noticiado pela
Folha S.Paulo, são ao menos 330 alterações em dispositivos legais, a inclusão
de 110 regras —entre artigos, parágrafos, incisos e alíneas—, a alteração de
180 e a revogação de 40 delas. “Fortalecem os que já são fortes, os patrões, ao
invés de equilibrar as forças nas negociações”, dizem os sindicalistas.
Os dirigentes sindicais alertam que a
intenção do governo é aumentar o exército industrial de reserva, o desemprego,
que no Brasil sempre foi grande, para daí normatizar a exploração e a
precarização. “É criar dificuldade para vender facilidade”, diz o texto.
Confira
a seguir a íntegra da nota:
REPUDIAMOS
A NOVA PROPOSTA INDECENTE DO GOVERNO
Na contramão de países engajados no
crescimento, como EUA, Alemanha e China, o governo brasileiro insiste em tirar
direitos da classe trabalhadora deixando o povo cada vez mais pobre e com menos
recursos.
O novo relatório do Grupo de Altos Estudos do
Trabalho – GAET, complementando o desmonte da CLT iniciado em 2017, propõe a
modificação de “ao menos 330 alterações em dispositivos legais, a inclusão de
110 regras —entre artigos, parágrafos, incisos e alíneas—, a alteração de 180 e
a revogação de 40 delas”, conforme noticiou o jornal Folha de SP. Entre as
medidas estão a desregulamentação do trabalho aos domingos, deixando a gerencia
do serviço à bel prazer do patrão, a descarada proibição do reconhecimento de
vínculo empregatício entre prestadores de serviço e aplicativos e a legalização
do locaute, institucionalizando o lobby empresarial, penalizando de forma
nefasta os trabalhadores e a sociedade.
A alegação é a mesma de sempre: “promover
ampla liberdade” e, segundo eles, “fortalecer a negociação”. Ampla liberdade
aqui cabe dizer o livre exercício da “lei do mais forte” em sua expressão mais
selvagem. Fortalecem os que já são fortes, os patrões, ao invés de equilibrar
as forças nas negociações.
Trabalharam mais de dois anos sem assegurar o
diálogo social e a participação dos trabalhadores por meio de seus sindicatos,
federações, confederações e centrais sindicais. Agora, propõem mudanças imensas
na legislação trabalhista, de novo em prejuízo da classe trabalhadora. Ao invés
de modernizar estão restabelecendo a mentalidade da República Velha, a perversa
lógica escravista, e o predomínio da força ao invés do entendimento nas
relações de trabalho.
Uma mentalidade contrária aos ajustes sociais
que visam minimizar as desigualdades. O mundo, após pagar um alto preço pela
fase de extravagâncias neoliberais, caminha para retomar uma maior regulação do
trabalho. Isso porque, ao contrário dos que defendem o indefensável: a
desregulamentação e o salve-se quem puder, as leis e os direitos trabalhistas
garantem maior segurança tanto ao empregado quanto ao empregador.
No fim de novembro foi noticiado que “Greves
e pedidos de demissão em massa: o movimento que pode resultar em ‘CLT’ nos
EUA”. Em maio de 2021, motoristas de Uber foram reconhecidos pela Suprema Corte
do Reino Unido como trabalhadores legalizados. Na Alemanha, o novo primeiro
ministro, Olaf Scholz, tomou a decisão de aumentar o salário mínimo para
aumentar o consumo e diminuir o desemprego. No Brasil o TRT-4 reconheceu ,em
setembro, o vínculo entre motorista e a empresa Uber. São exemplos que mostram
que há uma tendência à regulamentação e que a precarização causa problemas
sociais.
Mas a intenção do governo, ao que parece, é
aumentar o exército industrial de reserva , que é aumentar o desemprego, que no
Brasil sempre foi grande, para daí normatizar a exploração e a precarização. É
criar dificuldade para vender facilidade. Neste caso, criar miséria absoluta
para vender pobreza. A nova proposta de desmonte da CLT visa dar amplos poderes
ao capital e minar ainda mais instituições como as entidades sindicais e a
Justiça do Trabalho, que funcionam como freios e contrapesos para que o sistema
econômico seja mais justo.
Reiteramos que o desenvolvimento e a geração
de empregos e renda vêm de investimentos no setor produtivo e do consumo
garantido por segurança, direitos, salários valorizados e programas sociais.
Não aceitaremos imposições arbitrárias.
Estamos vigilantes. A luta é de toda a Classe
Trabalhadora!
São Paulo, 6 de
dezembro de 2021
Sergio Nobre,
Presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores);
Miguel Torres, Presidente da Força
Sindical;
Ricardo Patah, Presidente da UGT
(União Geral dos Trabalhadores);
Adilson Araújo, Presidente da CTB
(Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil);
Moacyr Auersvald – vice- presidente
da CST (Central Sindical de Trabalhadores);
Antonio Neto, Presidente da CSB (Central
dos Sindicatos Brasileiros).
Fonte: Rádio Peão
Brasil
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