Informativo
EDITORIAL DO VERMELHO: BOLSONARISMO EMPURRA “NOVA CLASSE C” DE VOLTA À POBREZA EXTREMA
Um dos mais importantes feitos do ciclo de
governos progressistas dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma
Rousseff, a formação da chamada “nova classe C”, está no caminho da volta para
um elevado grau de pobreza. Reportagens do jornal Folha de S. Paulo de sábado
(24), com base em pesquisas de diferentes órgãos, mostram que o fenômeno
decorre da Covid-19 e da desorganização das políticas de mitigação da pandemia
do governo Bolsonaro.
O jornal mostra também que a desigualdade de
renda no mundo, que vinha crescendo, se acentuou, e os bilionários, que ocupam
o ponto mais alto da pirâmide social, ficaram ainda mais bilionários. De acordo
o Índice de Bilionários da Bloomberg (agência de notícias e empresa de
tecnologia e dados para o mercado financeiro) de 2020, a fortuna total dos 500
mais ricos do mundo cresceu 31% em comparação ao ano anterior.
As consequências da pandemia são evidentes,
mas não explicam, por si mesmas, essas anomalias. Há uma predominância, entre
as causas desses indicadores, é a orientação econômica de matriz neoliberal.
Para entender suas origens no Brasil é necessário voltar no tempo e analisar
como a ascensão social tirou milhões de brasileiros da invisibilidade e criou
um mercado de consumo de massa. De 2003 a 2015, informa o Instituto Lula, a
mobilidade social no país deixou de acontecer apenas no plano individual para
ser um amplo fenômeno social.
Foram mais de 40 milhões de brasileiros da
classe trabalhadora que ascenderam à “classe C”, conforme nominação do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Políticas públicas como
o fomento ao emprego e aumento real do salário-mínimo foram determinantes.
Mesmo políticas de transferência de renda, como o Bolsa Família, deram enorme
contribuição para essa mobilidade social.
Segundo informa o Instituto Lula, o mercado
de consumo brasileiro em 2003 era sustentado por 45,2% da sua população, que
representava as “classes” de renda A, B e C. As “classes” D e E possuíam baixa
capacidade de compra. A entrada de novos consumidores no mercado gerou compras,
produção, investimentos e milhões de empregos. Segundo o instituto Data
Popular, a “nova classe C” chegou a ser responsável por 78% das vendas dos
supermercados, 60% do faturamento nos salões de beleza e 70% das compras com
cartão de crédito.
São várias as causas desse enorme retrocesso,
mas o fundamental é o abandono de qualquer possibilidade de crescimento
econômico com inclusão social. A desindustrialização do país, decorrente de
históricos desajustes macroeconômicos – sobretudo após a hegemonia do projeto
neoliberal –, conta muito, mas a essência é a ausência do papel regulador do
Estado por meio dos seus instrumentos democráticos, com investimentos e
fomento, para conter as investidas despóticas do mercado financeiro.
O desenvolvimento do país deve, sim, ser uma
constante meta nacional. Sem um horizonte claro, não há como destravar a
economia. Crescimento sustentado quer dizer que o país consegue financiá-lo de
forma não-inflacionária e sem pressões externas. Infelizmente a economia
brasileira, combalida pela gestão desastrosa dos anos da ditadura militar e da
“era neoliberal”, mal começou a deslanchar, nos governos Lula e Dilma, quando
houve o retrocesso iniciado com o golpe do impeachment de 2016.
O Brasil voltou aos ditames dos que pedem
mais “estabilidade” mesmo à custa de menos produção e menos investimentos
público e privado. O desafio agora é fazer o país romper com o governo
Bolsonaro, que acentuou essa tendência excludente, e retomar a sua vocação para
o desenvolvimento com progresso social. Precisa ampliar e distribuir a riqueza,
reintegrando à economia os milhões de brasileiros que estão voltando a ser
excluídos da categoria de cidadãos.
Fonte:
Portal Vermelho
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