Informativo

19/03/2020

GOVERNO E CONGRESSO DISCUTEM SUSPENSÃO DE CONTRATO DE TRABALHO DURANTE PANDEMIA

Vice-líder do governo, ex-ministro da Saúde sugere que pagamento do seguro-desemprego seja antecipado como contrapartida. Ideia, segundo Ricardo Barros, é conter desemprego em massa

Por Edson Sardinha no Congresso em Foco

Parlamentares discutem nessa quarta-feira (18) com a equipe econômica uma saída para reduzir os efeitos sociais e econômicos com o aguardado fechamento de empresas afetadas pela crise gerada pelo novo coronavírus. Vice-líder do governo no Congresso, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) adiantou ao Congresso em Foco que vai sugerir que seja facultada às empresas a possibilidade de suspender os contratos de trabalho enquanto perdurar a pandemia. A ideia, segundo o deputado, é evitar desemprego em massa.

“Estou indo agora para uma reunião com a equipe econômica defender que o governo adote a suspensão de contratos de trabalho daqueles setores que não forem faturar nada, que vão ter de fechar por falta de movimento. O governo suspende o contrato e adianta o seguro-desemprego. Suspenso o contrato, não há demissão. Não havendo demissão, o governo paga o seguro-desemprego. Quando voltar à normalidade, o funcionário volta ao trabalho”, explicou o deputado.

“Se não houver isso, vai haver demissão em massa. O seguro-desemprego o governo terá de pagar agora ou depois mesmo”, ressaltou o vice-líder governista, que foi ministro da Saúde na gestão do presidente Michel Temer.

O deputado lembra que o impacto do seguro-desemprego já está previsto no orçamento e é um recurso que pode ser aplicado para enfrentar a instabilidade social gerada por demissões em massa. “Hoje estimamos que isso terá um impacto de R$ 15 bilhões ou R$ 20 bilhões, mas é uma conta que tem de ser feita com o governo”, afirmou Ricardo Barros ao Congresso em Foco, enquanto se dirigia ao Ministério da Economia. O parlamentar afirmou que sua sugestão tem apoio de deputados com os quais conversou.

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