Informativo
SE BOLSONARO NÃO ENTENDE DE ECONOMIA, ENTENDE DE QUÊ?
O
capitão-presidente confessa "não entender" de economia, que compara a
um transatlânco, e diz que leva o Brasil à uma posição de direita.
Por José Carlos Ruy*
O
mantra dos economistas neoliberais compara a administração da economia de uma
nação à atividade de uma dona de casa que controla a economia do lar. Este é um
mite repetido à exaustão em ambientes conservaores.
Este
mito é posto em xeque quando o presidente Jair Bolsonaro confessa, sem
ruborizar, não entender de economia.
"Já
falei que não entendia de economia?", disse ele a jornalistas que o
questionavam sobre o péssimo desempenho do PIB divulgado nesta quarta-feira
(29) pelo IBGE, indicando que o Brasil entrou em recessão. O IBGE mostrou uma
queda de 0,2% do PIB no primeiro trimestre de 2019.
Em
sua desfaçatez o capitão-presidente foi adiante e, numa referência escusa
tentou culpar os governos do PT, em especial p da presidenta Dilma Roussef,
pela diminuição do PIB, e reafirmou seu apoio ao contestado Paulo Guedes,
ministro da Economia. "Quem entendia afundou o Brasil, eu confio 100% na
economia do Paulo Guedes", disse. E voltou a defender o caminho que vai
aprofundar ainda mais a crise econômica, aumentar a pobreza e destruir o
mercado interno: a reforma da Previdência que, no momento, figura como
carro-chefe de sua atuação no comando do país. Em que se sente - como se
conclui das declarações que fez ao jornal argentino "La Nacion" -
como o capitão de um navio em dificuldades. Mudar o rumo da economia "é
como um transatlântico", disse. E reconheu estar "levando nossa
economia para a centro-direita” - um eufemismo para descrever a flexão que seu
governo tenta fazer para a direita.
Há
uma pergunta a fazer ao capitão-presidente: de que é que ele entende? Se não
entende de economia, como é que se sente à vontade para propor e defender,
enfaticamente, uma reforma da previdência que, se se tornar realidade, vai
prejudicar a vida de milhões de brasileiros e favorece apenas um punhado de
ricaços e de especuladores finaneiros?
Não
se espera de um presidente da República que entenda, em detalhe, os mistérios
da economia. Não é tarefa dele.
O
nome que os clássicos davam à ciência da produção e da distribuição dos bens
era economia-política. Com razão - não era apenas o arremedo de matemática
"distributiva" em que o conservadorismo transformou-a desde o final
do século XIX. Incluia também as relações de poder - a política - entre os
membros de uma sociedade, aplicadas na produção dos bens e na fixação da parte
que cabe a cada um na distribuição. Continua sendo economia-política com este
sentido que envolve a produção, a distribuição e a força da cada setor da
sociedade para abocanhar um pedaço maior ou menor da riqueza produzida.
Assim,
espera-se de um presidente da República que, pode-se dizer, atue para regular
estas relações políticas entre as várias forças sociais, impedindo que a
ganância dos muitos ricos espolie os mais pobres.
Deste
ponto de vista, se espera de um presidente que cumpra as leis e faça garantir
os direios (sociais, políticos e econômicos) de todos.
Não
é o que Bolsonaro sinaliza - ao contrário, mesmo sem "entender" de
economia, sua opção, como homem do governo, é favorecer os muito ricos,
brasileiros e estrangeiros, mesmo que à custa do empobrecimento dos
brasileiros.
Na
metáfora preferida dos neoliberais, é como se uma dona de casa desse mais
comida e agasalhos para um filho, deixando os demais à míngua.
*José Carlos Ruy é
jornalista, escritor e colunista do Portal Vermelho
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