Informativo

12/09/2018

A "ENGAVETADORA" GERAL DA REPÚBLICA, RAQUEL DODGE, ARQUIVA INQUÉRITO CONTRA AÉCIO NEVES NO STF

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu nessa terça-feira (11) o arquivamento de um inquérito contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) no Supremo Tribunal Federal (STF).

Dodge já está sendo apelidade de "engavetadora" geral da República - numa referência ao ex-procurador geral Geraldo Brindeiro, nomeado ao cargo quatro vezes por FHC, e que barrava qualquer processo contra o governo.

A "engavetadora" Raquel Dodge já barrou cerca de 40 inquéritos contra investigados, a maioria de políticos filiados ao PSDB, ao PMDB e à base aliada do governo, entre eles José Serra, Aloysio Nunes, Eliseu Padilha e Romero Jucá, entre outros. 

O senador Aécio Neves é investigado por supostamente ter atuado para fraudar registros do Banco Rural remetidos à CPMI dos Correios, em 2005.

O inquérito teve como base a delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral, que presidiu a CMPI e relatou ter sido procurado por Eduardo Paes, então deputado pelo PSDB, que lhe teria pedido, em nome de Aécio, que adiasse o prazo dado ao Banco Rural para o envio dos documentos, de modo a haver tempo para a fraude.

O objetivo, segundo Delcídio, seria maquiar dados que pudessem revelar esquema semelhante ao Mensalão sendo operado pelo publicitário Marcos Valério na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em benefício do então governador Aécio Neves e de seu vice, Clésio de Andrade.

Em relatório encaminhado em maio, o delegado da PF Heliel Jefferson Martins Costa concluiu ser "seguro afirmar que no início do segundo semestre de 2005, por intermédio de pessoa não plenamente identificada, Aécio Neves da Cunha e Clésio Soares de Andrade ofereceram vantagem indevida a Delcídio do Amaral para que este, na condição de presidente da CPMI dos Correios, viabilizasse o retardamento e a inadequação de remessa pelo Banco Rural de informações bancárias envolvendo as empresas de Marcos Valério”.

Ainda assim, Raquel Dodge afirmou que “não há elementos suficientes para fundamentar a continuidade do inquérito”. Caberá ao relator do caso, ministro Gilmar Mendes, decidir sobre o pedido da PGR para arquivar o processo.

Fonte: Portal CTB com Agência Brasil 

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