Informativo

16/08/2018

"MEDIDA TEM VIÉS FASCISTA", DIZ PRESIDENTE DA CTB SOBRE DECRETO QUE ENDURECE REPRESSÃO A PROTESTOS

O governo de Michel Temer baixou portaria liberando o uso da Força Nacional de Segurança Pública no país para atuar em conflitos durante o mês de agosto.

A medida está sendo interpretada como uma forma de intimidação dos movimentos sociais, que estão mobilizados em todo o país em defesa da candidatura do ex-presidente Lula.

A Força Nacional está diretamente subordinada à presidência da República. A portaria 121, assinada pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, e publicada no Diário Oficial da União na segunda (13), autoriza o emprego da Força Nacional:

"...em caráter episódico e planejado, durante as manifestações previstas para o mês de agosto de 2018, na preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, na defesa dos bens e dos próprios da União, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, DF."

 "É o governo mais impopular da história do Brasil, tem viés fascista, se rende às pressões do mercado e da elite rentista e usa a força não para reduzir a violência e o feminicídio, mas para reprimir trabalhadores e trabalhadoras"

Fato semelhante ocorreu durante a 9ª Marcha da Classe Trabalhadora, em 24 de maio, quando o governo Temer convocou as forças armadas para reprimir, com gás lacrimogênio e balas de borracha, manifestação pacífica das centrais sindicais e movimentos populares que tomou a Esplanada dos Ministérios contra as reformas trabalhista e previdenciária. 

"É uma atitude típica de governos totalitários. Em vez de enfrentar os gargalos estruturais, adota a intervenção militar e a repressão aos movimentos sociais", diz o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo.

Para o dirigente, a portaria expõe o caráter anti-democrático e violento do atual governo brasileiro: "É o mais impopular da história do Brasil, tem viés fascista, se rende às pressões do mercado e da elite rentista e usa a força não para reduzir a violência e o feminicídio, mas para reprimir trabalhadores e trabalhadoras". 

Fonte: Portal CTB

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