Informativo
PREÇOS DE ALIMENTOS SEGUEM EM ALTA, E INFLAÇÃO SOBE ENQUANTO POPULAÇÃO PERDE TRABALHO E RENDA
Por Vitor
Nuzzi
São Paulo – A inflação oficial no Brasil
mantém trajetória de alta, com influência direta dos preços dos alimentos.
Nesta sexta-feira (9), o IBGE informou que o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,64% no mês passado. É a maior taxa do ano e o
maior resultado para setembro desde 2003. Já o INPC (confira no final) é o
maior desde 1995. Agora, o IPCA soma 1,34% em 2020. No acumulado em 12 meses,
volta ao patamar dos 3%, atingindo 3,14%.
Todas as regiões pesquisadas tiveram alta. Em
cinco, o índice mensal ficou acima de 1%. A inflação em elevação coincide com
um momento em que grande parte da população está sem trabalho ou na
dependência do auxílio emergencial. Que o governo cortou pela metade,
enquanto oposição e centrais tentam manter o valor integral, de R$ 600. A tendência de aumento dos alimentos já havia sido detectada em
outros levantamentos, como o da cesta básica.
ALTA JÁ
SUPERA 2019
Segundo o IBGE, a maior variação em setembro foi do grupo Alimentação
e Bebidas, 2,28%, bem acima de agosto (0,78%). Apenas esse grupo representou
impacto de 0,46 ponto percentual no índice do mês. A alta em 2020 já é de
7,30%, acima de todo o ano de 2019 (6,37%).
Óleo de soja (aumento de 27,54%) e arroz
(17,98%), juntos, somaram 0,16 ponto no IPCA mensal. Esses dois produtos
acumulam alta no ano de 51,30% e 40,69%, respectivamente.
Outros preços de alimentos importantes também
subiram. Casos do tomate (11,72%), do leite longa vida (6,01%) e das carnes
(4,53%). Entre as quedas, o IBGE cita cebola (-11,80%), batata
inglesa (-6,30%), alho (-4,54%) e frutas (-1,59%).
COMER
FORA TAMBÉM FICA MAIS CARO
Os alimentos para consumo no domicílio
tiveram aumento de 2,89% em setembro. Já a alimentação fora, que havia caído
0,11% no mês anterior, agora subiu 0,82%, com alta tanto do lanche (1,12%) como
da refeição (0,66%).
Artigos de Residência foi o grupo com a
segunda maior variação: 1%. O item TV, som e informática subiu 1,99%, enquanto
mobiliário aumentou 1,10%. Mesmo assim, esse segundo item acumula queda de
8,73% no ano.
Em Transportes (0,70%), o IBGE apurou a
quarta alta seguida, embora com menos intensidade. O preço médio da gasolina,
que havia subido 3,22% em agosto, aumentou 1,95%. E contribuiu com 0,09 ponto
para o resultado geral. O óleo diesel subiu 2,47% e o etanol, 2,21%, enquanto o
gás veicular caiu 3,16%. As passagens aéreas tiveram alta de 6,39%.
GÁS DE
BOTIJÃO: AUMENTO
No grupo Habitação, que teve aumento de
0,37%, destaque para o gás de botijão, que subiu 1,61%. O gás encanado caiu
0,85%, enquanto a taxa de água e esgoto teve alta de 0,56%. A energia elétrica
teve variação de 0,07%.
O grupo Vestuário também subiu
0,37%, com aumento de 0,56% em calçados e acessórios e de 0,58% em roupas
masculinas. As femininas caíram 0,11%. Joias e bijuterias seguem em elevação,
embora menor do que em agosto, de 2,32% para 1,22%.
Com queda de 0,64%, Saúde e Cuidados Pessoais
teve impacto de -0,09 ponto no índice mensal. Isso ocorreu pela redução de
2,31% no plano de saúde (-0,10 ponto), item cujos reajustes foram suspensos até
o fim do ano.
ALTAS
EM TODO O PAÍS
Entre as 16 regiões pesquisadas, todas com
alta, o menor índice foi apurado na região metropolitana de Salvador (0,23%) e
o maior, no município de Campo Grande (1,26%). Outras quatro áreas registraram
inflação de 1% ou mais em setembro: São Luís (1%), Goiânia (1,03%), Rio Branco
(1,19%) e Fortaleza (1,22%). Na Grande São Paulo, a taxa foi de 0,44%.
Em 12 meses, o IPCA vai de 2,47% (região
metropolitana de Curitiba) a 5,78% (Campo Grande). Em São Paulo, 3,12%.
MAIOR
INPC DESDE 1995
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(INPC) subiu 0,87%, maior resultado para setembro desde 1995. No ano,
acumula alta de 2,04%. Em 12 meses, avança para 3,89%.
Segundo apurou o IBGE, os preços de alimentos subiram
em média 2,63%, ante 0,80% em agosto. Já os não alimentícios passaram
de 0,23% para 0,35%.
Fonte:
Rede Brasil Atual
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