Informativo
É PRECISO MANTER O AUXÍLIO EMERGENCIAL DE R$ 600
Esta
terça, 29 de setembro, será marcada pela mobilização dos presidentes das
centrais sindicais, que desembarcam em Brasília para no âmbito da campanha “600
Pelo Brasil – Coloca o Auxílio Emergencial pra votar, Maia”, lançada em 17 de
setembro. Os sindicalistas irão percorrer o Congresso Nacional para defender a
votação imediata da Medida Provisória 1.000/2020, que prorroga o pagamento do
auxílio até dezembro, mas restabelecendo o valor original de R$ 600, que o
governo Bolsonaro reduziu à metade, ou a R$ 300.
Já se esgotou o prazo original de três meses
do auxílio emergencial de R$ 600,00, instituído para amenizar os impactos da
crise sanitária e econômica sobre a renda de trabalhadoras e trabalhadores
brasileiros. É urgente prorrogá-lo até dezembro, conforme defendem as centrais
sindicais, os movimentos sociais e as forças democráticas em geral. Mas sem
rebaixar o seu valor à metade, como pretende o governo Bolsonaro.
A urgência é necessária porque a crise ainda
está longe do fim, o desemprego é uma realidade para dezenas de milhões de
brasileiros e menos da metade da população em idade ativa está ocupada. O
cenário do mercado de trabalho caracteriza uma depressão econômica. As camadas
mais afetadas da população trabalhadora vivem uma tragédia, precisam do auxílio
e não podem esperar.
Além de aliviar o sofrimento das famílias
mais pobres e vulneráveis o auxílio emergencial tem se revelado um bom remédio
para amenizar a crise econômica. Seus efeitos positivos sobre o mercado interno
podem ser observados no comportamento das vendas a varejo.
Estudo da Federação do Comércio de São Paulo
indica que R$ 151 bilhões do auxílio emergencial tiveram como destino o consumo
varejista, ou seja, 79,5% dos mais de R$ 190 bilhões pagos pelo programa do
governo federal.
Estima-se que sem o auxílio de R$ 600,00 o
comércio varejista encerraria o ano com perdas no faturamento de R$ 293
milhões. Graças ao benefício, a queda decorrente da crise deve ficar em pouco
mais de R$ 141 milhões.
Sem o auxílio as coisas estariam bem piores.
Mesmo favorecido pelo programa, que rendeu popularidade ao chefe do Palácio do
Planalto, o governo concordou com a prorrogação, mas rebaixou à metade o valor
do benefício, que vai de encontro ao fundamentalismo neoliberal do ministro da
Economia, Paulo Guedes, e ao dogma do teto fiscal.
Além da redução do valor do auxílio, o
governo decidiu que teremos um salário mínimo sem aumento real em 2021. É
revoltante constatar que, ao mesmo tempo em que reduziu o valor do auxílio
emergencial e arrochou o salário mínimo, o governo Bolsonaro cogitou novos
privilégios para os militares incrustados no Executivo, como o “direito” de
generais receberem acima do teto constitucional do funcionalismo, de R$ 39,2
mil.
Um valor abaixo de R$ 600,00 como auxílio
emergencial é claramente insuficiente, vai sacrificar brasileiros e brasileiras
pobres, reduzir o consumo popular, enfraquecer o mercado interno e agravar a
crise.
Cabe à CTB e ao movimento sindical ampliar a
mobilização e a luta para conquistar a prorrogação do auxílio de R$ 600,00 per
capita até dezembro e garantir aumento real para o salário mínimo no orçamento
de 2021. É o que corresponde aos anseios do povo e às necessidades da economia
nacional.
Fonte:
Portal CTB
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