Informativo
BRASIL PERDE MAIS DE 43 MIL EMPREGOS FORMAIS EM MARÇO
O Nordeste, onde quase 24
mil trabalhadores perderam os empregos, continua sendo a Região que mais sofre
com a falta de uma política econômica de geração de emprego e renda do governo
de Jair Bolsonaro (PSL).
Aumenta
o desemprego no mercado formal no Brasil em março. Mais de 43 mil trabalhadores
e trabalhadoras que tinham carteira assinada foram demitidos, segundo dados do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta
quarta-feira (24) pela Secretaria de Previdência e Trabalho do Ministério da
Economia.
É
o maior número de trabalhadores formais demitidos no mês de março desde 2017,
quando 63.624 perderam o emprego. E é ainda pior quando comparado ao mesmo
período do ano passado, quando 56.151 foram contratados.
E
o Nordeste continua sendo a Região que mais sofre com a falta de uma política
econômica de geração de emprego e renda do governo de Jair Bolsonaro (PSL). Um
total de 23.728 trabalhadores perdeu o emprego no Nordeste. No Sudeste, foram
10.673 demitidos; no Norte, 5.341; no Sul, 1.748; e no Centro-Oeste, 1.706.
O
resultado do CAGED de março acompanha a contínua degradação do mercado de
trabalho registrada após o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, em 2016, e
desmente os argumentos usados pelo ilegítimo Michel Temer (MDB) de que a
aprovação da reforma Trabalhista, que acabou com mais de 100 itens da CLT,
ajudaria a aumentar a geração de emprego decente.
Atualmente,
o Brasil acumula um total de 13,1 milhões de desempregados, segundo dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a crise econômica não
dá sinais de arrefecimento, com o próprio mercado reduzindo suas projeções para
a retomada do crescimento.
Segundo
o Caged, no acumulado do bimestre (fevereiro e março), no entanto, o saldo de
129.943 trabalhadores contratados é superior ao verificado em 2018, quando
foram 117.339 contratrações com vagas formais. Também houve crescimento nos
últimos 12 meses, com a criação de 472.117 postos de trabalho, um aumento de
1,24% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Março,
porém, registrou perda acentuada de desemprego no Comércio (-28.803),
Agropecuária (-9.545), Construção Civil (-7.781), Indústria de Transformação
(-3.080) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (-662).
Apenas
três setores tiveram resultado positivo em março, ou seja, contrataram
trabalhadores: Serviços, Administração Pública e Extrativa Mineral. Nos
serviços, foram criados 4.572 empregos, impulsionados pelo subsetor de Ensino,
que abriu 11,7 mil vagas, e pelo de Transporte e Comunicações, que gerou 7,1
mil novos postos. A Administração Pública teve o segundo melhor resultado para
o mês, com a geração de 1.575 vagas, acompanhada pela Extrativista Mineral, que
abriu 528 vagas.
DESEMPENHO REGIONAL
O
emprego foi positivo em oito estados: Minas Gerais (5.163 postos); Goiás (2.712);
Bahia (2.569); Rio Grande do Sul (2.439); Mato Grosso do Sul (526); Amazonas
(157); Roraima (76) e Amapá (48).
Já
os maiores saldos negativos foram registrados em Alagoas (-9.636 postos); São
Paulo (-8.007), Rio de Janeiro (-6.986); Pernambuco (-6.286) e Ceará (-4.638).
NOVA LEI TRABALHISTA
Pela
modalidade de trabalho intermitente foram gerados 6.041 empregos, envolvendo
2.216 estabelecimentos e 1.720 empresas contratantes. Esse resultado representa
um aumento de 2.842 mil empregos (88%) na comparação com março de 2018, quando
o saldo foi de 3.199 mil empregos intermitentes.
Foram
registradas ainda 7.085 admissões em regime de tempo parcial e 4.956
desligamentos, gerando um saldo positivo de 2.129 postos de trabalho. Ocorreram
18.777 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado.
Fonte: CUT | Foto:
Guilherme Balza
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