Informativo
CEM DIAS DE CRISE E BOLSONARO QUER QUE O POVO PAGUE A CONTA
Nesta
quarta-feira (10) completam-se 100 dias de governo sem que houvesse nenhuma
sinalização de solução para a grave crise econômica e a instabilidade política
que assola o país. Bolsonaro e Paulo Guedes seguem perseguindo a façanha de
querer economizar cerca de R$ 1,1 trilhão com a reforma da Previdência.
Ao
que tudo indica, a meta a ser realizada faz parte da conta do golpe que os
financiadores estão cobrando e não abrem mão. A privatização da Previdência é
uma exigência do mercado. Os rentistas, categoria à qual pertence o senhor
Paulo Guedes, estão de prontidão na antessala do Palácio do Planalto. Aguardam
e cobram a aprovação da reforma, ansiosos para abocanhar os recursos do maior
programa de distribuição de renda do país.
CAPITALIZAÇÃO
Para
os bancos desconstitucionalizar a previdência e implantar o modelo de
capitalização (previdência privada no molde chileno) é o objetivo principal. Se
fosse bom daria até para copiar. Entretanto, o modelo, implantado no Chile,
resultou num colossal desastre social e vem sendo revisado. Para se ter ideia
de seus efeitos perversos, 80% dos aposentados do novo sistema, imposto em 1983
pelo general Augusto Pinochet, recebem menos da metade de um salário mínimo de
benefício e quase metade desses idosos (44%) encontra-se abaixo da linha da
pobreza.
Na
proposta de Nova Previdência a maior fatia da conta caberá aos trabalhadores
atendidos pelo INSS, cuja maioria recebe o salário mínimo. A meta é economizar
R$ 687 bilhões subtraindo o valor desses trabalhadores e trabalhadoras. Já para
os servidores públicos tem previsão de aumento de alíquota e a expectativa de
economia é de R$ 202 bilhões.
Mas,
o governo não para por aí. Sem poupar os mais vulneráveis, seu projeto é
alterar as regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC, atribuído a idosos
em situação de extrema pobreza e pessoas com deficiência), e com isso
economizar R$ 182 bilhões. Quanta maldade!
Já
o abono salarial (renda extra garantida a trabalhadores e trabalhadoras que
ganham até dois salários mínimos), a Reforma de Bolsonaro promove um corte
drástico, de modo que somente receberão o abono (PIS/PASEP) quem recebe até 1
salário mínimo. Hoje, têm direito ao benefício quem ganha o equivalente a até
dois salários mínimos. Isto significa a exclusão de milhões de assalariados se
a reforma vingar.
GOVERNO TIRA COM UMA MÃO
E DÁ COM A OUTRA
No
caso dos militares a mudança está atrelada ao aumento de salário. Ao mesmo
tempo que o governo calculou as mudanças nas aposentadorias dos militares com a
previsão de economia de R$ 97,3 bilhões, a reforma sugere uma reestruturação da
carreira que representa um aumento de gastos de R$ 86,65 bilhões.
Em
essência, um faz de conta, pouco ou quase nada se mexe, com a diferença de que
neste jogo os fardados ganham, pois o reajuste dos salários deve anteceder o
corte dos benefícios. É mais uma prova de que, ao contrário do que alardeia a
propaganda mentirosa do governo, a reforma mantém privilégios e castiga
sobretudo os estratos mais pobres e vulneráveis da nossa classe trabalhadora.
Mas
a aprovação da reforma não são favas contadas, muito pelo contrário. É
crescente a oposição popular ao retrocesso e o sentimento dominante na opinião
pública não deixará de ter reflexos no Congresso Nacional, onde o clima hoje
não parece muito favorável ao governo. Apesar da forte pressão das classes
dominantes, que só têm a ganhar com as mudanças propostas por Paulo Guedes, a
reforma pode ser derrotada pelo povo. Para tanto, é indispensável ampla unidade
e mobilização popular. As centrais, os movimentos sociais e os partidos e
forças progressistas estão empenhadas neste sentido e o caminho da greve geral
já está sendo pavimentado.
*Adilson Araújo é
presidente Nacional da CTB
Fonte: Portal CTB
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