Informativo
PARA O POVO, ESTADO É INDISPENSÁVEL, DIZ DATAFOLHA
A
pesquisa Datafolha recentemente divulgada, feita em parceria com a ONG Oxfam
Brasil. contém algumas informações relevantes, pouco destacadas pela mídia. A
fé religiosa como fator mais importante que educação para mudar de vida, por
exemplo, é secundada pelo investimento público em assistência social. A
pesquisa, intitulada “Nós e as desigualdades”, mostra ainda que além do combate
à corrupção, que em primeiro lugar, em grau de importância, com nota 9,7 —
muito em função da exposição midiática do tema — os investimentos públicos em
saúde (9,6) e em educação (9,6) são prioridades.
Aumento
na oferta de empregos e aumento do salário mínimo também obtiveram pontuação
significativa, com notas 9,6 e 9,3, respectivamente. Por último, ficou o
quesito investimento público em assistência social, com nota 7,8. Segundo o
jornal Folha de S. Paulo, a pesquisa atribui o índice às críticas e à
estigmatização que programas como o Bolsa Família têm, sobretudo entre as
camadas de renda mais alta. Entre aqueles com rendimentos superiores a 5
salários mínimos, a nota atribuída foi 6,4. Já entre aqueles com rendimentos de
até um salário mínimo, a média ficou em 8,4.
O
jornal explica que quanto às prioridades que levariam a uma melhora de vida, os
entrevistados tiveram de elencar em ordem de importância oito aspectos
pré-definidos. Aquele que recebe o maior contingente de prioridades é a “fé
religiosa”, com 28%, seguido por “estudar” (21%) e “ter acesso à saúde” (19%).
Em último, aparece “cultura e lazer”, com 2%. A pesquisa destaca, segundo a
Folha, que de modo geral os resultados da apontam para um país diverso, cujas
disparidades vão para além da renda e perpassam temas como racismo,
discriminação de gênero e desrespeito à diversidade.
RENDA DOMICILIAR
Estudo
de pesquisadores do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica), publicado em 2018
pelo Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo do Programa
da ONU para o Desenvolvimento (IPCIG/PNUD) mostrou que o Brasil está entre os
cinco países mais desiguais do mundo, em que a parcela mais rica da população
recebe mais de 15% da renda nacional. Um dos índices que evidenciam essa
dissonância é a percepção pública de pobreza no Brasil. De acordo com métricas
do Banco Mundial, o país tinha, em 2017, 55 milhões de pessoas pobres — cerca
de 26% da sua população total, informa o jornal.
Esse
número compreende pessoas cuja renda domiciliar per capita por mês não
ultrapassa R$ 400. No entanto, dois em cada três entrevistados acreditam que a
régua fica mais acima: para eles, a linha de pobreza começa a ser traçada
apenas a partir dos R$ 701 mensais. A pesquisa apontou que 57% dos
entrevistados não acreditam que, nos próximos anos, a diferença entre os mais
ricos e os mais pobres irá diminuir no Brasil.
Ainda
que alto, o índice representa uma queda em relação à 2017, ano em que 66% dos
entrevistados disseram não acreditar na diminuição da desigualdade em meia
década. A Folha diz que, de acordo com o levantamento, a confiança num cenário
melhor está ligada ao momento da aplicação do questionário, ou seja, ao início
de um novo governo com grandes promessas em relação à melhoria de vida da
população.
O
jornal destaca também que de 2017 para 2019, aumentou a percepção da população
brasileira sobre o impacto de gênero e de raça sobre os rendimentos, mostrou a
pesquisa. A proporção de pessoas que acreditavam que mulheres ganhavam menos do
que homens no mercado de trabalho simplesmente por serem mulheres passou de 57%
para 64%. A visão de que negros ganham menos do que brancos no mercado de
trabalho pelo simples fato de serem negros acompanhou a tendência e passou de
46% para 52%.
O PAPEL DO ESTADO
A
questão racial é condicionante para percepções sobre outros índices. Para 72% e
81% da população a cor da pele define as chances de contratação por empresas e
de abordagem policial, respectivamente. Para 71% dos entrevistados, a justiça é
mais dura com negros e, para 81%, pobres negros sofrem mais do que pobres brancos.
A
pesquisa mostra ainda que a maioria da população se contrapõe ao papel
tradicional atribuído à mulher no ambiente doméstico: 86% dos entrevistados não
concordam que as mulheres deveriam se dedicar somente a cuidar da casa e dos
filhos. A Folha diz que o estudo destaca, no entanto, que a percepção contrasta
com a realidade, na qual mulheres dedicam, em média, 18 horas semanais a
afazeres domésticos contra apenas 10 horas semanais dos homens. Além disso, a
proporção de mulheres realizando trabalhos em tempo parcial (28%) é o dobro da
proporção de homens (14%), sobretudo por causa dos trabalhos domésticos e de
cuidados que recaem sob responsabilidade delas.
Sobre
a percepção do papel do Estado na redução das desigualdades, os resultados
também chamam a atenção. O índice aumentou em 2019 em relação a 2017. Hoje, 84%
dos entrevistados concordam que é obrigação dos governos diminuir a disparidade
entre os muitos ricos e os muito pobres, contra 79% em 2017.
MERCADO FINANCEIRO
Outra
pesquisa, essa da XP Investidores, revela que o otimismo do mercado financeiro
com o governo do presidente Jair Bolsonaro caiu entre fevereiro e abril e fez
com que os agentes adiassem para o segundo semestre a projeção de votação da
reforma da Previdência no plenário da Câmara, mostra levantamento da com
gestores de recursos, economistas e consultores financeiros.
A
aprovação (ótimo e bom) do governo entre agentes do mercado caiu de 70% em
fevereiro para 28% neste mês. A avaliação negativa (ruim e péssimo) subiu de 3%
para 24% no mesmo período, enquanto 48% dos entrevistados consideraram a gestão
regular (eram 27% há dois meses). A expectativa em relação à administração
também diminuiu. A soma de ótimo e bom desceu de 86% para 60% nesse critério
entre fevereiro e abril. Ruim e péssimo aumentou de 2% para 13% na pesquisa.
Fonte: Portal Vermelho
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