Informativo
EDITORIAL: A ECONOMIA BRASILEIRA NUM BECO SEM SAÍDA
De
cada 10 brasileiros, apenas três têm emprego com carteira assinada. A
informação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Da
força de trabalho total do Brasil de 105,2 milhões de pessoas, apenas 35,9
milhões estão no formalidade. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) Contínua mostra ainda que o número aumentou; no trimestre encerrado em
janeiro de 2019, em comparação com o mesmo período de 2017, a quantidade de
trabalhadores sem carteira de trabalho subiu 2,9%, um aumento de 320 mil
pessoas no mercado informal. Pode-se contatar facilmente dois fatores
determinantes para essa calamidade social.
O
primeiro é a crise que atingiu o Brasil de frente desde os primeiros passos da
marcha golpista, quando o país se viu emparedado pelos interesses financeiros e
abriu mão dos seus mecanismos de defesa e perdeu a soberania na gestão da sua
economia. Por essa porta entrou a recessão que, como sempre, atinge os
trabalhadores com mais intensidade. O segundo foram as medidas pós-golpe,
adotadas a toque de caixa, que arrocharam os investimentos públicos com a
Emenda Constitucional 95, e a “reforma” trabalhista, um brutal ataque à
regulação democrática das relações de trabalho pelo Estado, com o desmonte da
legislação trabalhista e sindical.
A
intenção de fazer uma migração em massa do mercado de trabalho formal para a
informalidade, como manifestou explicitamente o presidente Jair Bolsonaro, fez
o governo avançar ainda mais com os atos discricionários contra os
trabalhadores, como seu viu recentemente com as medidas para liquidar o imposto
e a unicidade sindical. Com esse cenário, indiscutivelmente favorável ao
histórico processo político da ideologia que trata o trabalho como mero
reprodutor de capital, resquícios do escravismo, a tendência é de drástica e
rápida deterioração do vínculo empregatício. A falta de falta de oportunidades
de emprego empurra os trabalhadores para o que aparecer. É uma questão de
sobrevivência.
Tudo
isso agravado pela crise econômica global, com guerras comerciais entre duas
grandes potências (China e Estados Unidos) e altas taxas de juros nos Estados
Unidos. Segundo o panorama de 2019 e 2020 recém-divulgado pela Organização para
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil terá dificuldades de se
recuperar também pela perspectiva de mais um ano de recessão na Argentina, o
terceiro maior mercado para suas exportações. Pelos cálculos da OCDE, a
economia brasileira terá crescimento de 1,90% neste ano e 2,40% no próximo.
O
crescimento global, segundo a OCDE, continua perdendo impulso. Entre novembro e
março a projeção de crescimento em 2019 diminuiu de 3,50% para 3,30%. A
estimativa para 2020 caiu de 3,50% para 3,40%. O comércio internacional também
declinou; passou de 5,25% em 2017 para cerca de 4% em 2018 e o ritmo ainda
poderá ser menor neste ano, como indicam as programações de exportação da
China, da Europa e de várias economias da Ásia. O Brasil certamente será
afetado pelo comércio mundial mais fraco, pela pressão no dólar e o impacto nos
vizinhos argentinos, que são os principais compradores da nossa indústria.
O
país precisa de uma robusta taxa de crescimento. E que seja contínua — conceito
que alguns chamam de “crescimento sustentável”. Para reduzir a pobreza,
elevando a renda per capita, estudos mostram que o Produto Interno Bruto (PIB)
deve crescer entre 5% e 6% ao ano apenas para incorporar a mão-de-obra que está
entrando anualmente no mercado de trabalho — além de absorver parte dos
desempregados. Mas para isso a economia teria de contar com suas alavancas
soberanas, os instrumentos de fomento, como as estatais estratégicas, nas
atuais condições sobretudo os bancos públicos. O que se vê, no entanto, é a
marcha da insensatez neoliberal, que avança por sobre esses instrumentos para
alinhar a economia aos interesses de Wall Street e dos oligopólios
internacionais, prenúncio de dias trágicos para o país e o seu povo.
Fonte: Portal Vermelho
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