Informativo

23/11/2018

BOLSONARO DEVERÁ REVOGAR POLÍTICA DE AJUSTE REAL DO SALÁRIO MÍNIMO

Mansueto Almeida, atual Secretário do Tesouro de Michel Temer e que será mantido por Bolsonaro, ignora os benefícios da política salarial construída pelo governo e o movimento sindical e considera que o salário recebido por 50 milhões de brasileiros é  "caro demais".

O salário mínimo deve sofrer um duro golpe do governo Jair Bolsonaro, como indicou  o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, que admitiu acabar a política de valorização salarial em vigor.  Os bolsonaristas consideram o piso de R$ 954,00 alto demais, e já buscam meios de sacrificar ainda mais o povo em nome do ajuste fiscal.

“Se ele continuar crescendo, a gente tem que ver como financiar isso”, justificou, informa o Estadão. Atualmente cerca de 50 milhões de brasileiros recebem um salário mínimo por mês.

A lei em vigor desde 2007 prevê que o salário mínimo seja reajustado conforme a inflação somada ao crescimento PIB de dois anos antes. Estudos mostram que, caso ela não existisse, o salário mínimo atual seria de R$540,00.

Na opinião do economista de Bolsonaro, a política de valorização tem trazido o salário mínimo da renda média do Brasil, o que é errado. “Quem tem produtividade maior precisa ganhar melhor, até como forma de reter trabalhadores”, defendeu.

Almeida ignora que, aliada a outros projetos de desenvolvimento, o ajuste do salário mínimo, da forma como foi instituído por Lula, contribuiu para tirar mais de 36 milhões de pessoas da pobreza, gerou renda e fez a economia crescer de 2002 a 2010, o aumento real do salário mínimo atingiu a marca de 53,67%, chegando a 76,54%, em 2015.

Fonte: Portal Vermelho, com agências | Foto: Agência Senado

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