Informativo
HADDAD: TIRAR PAÍS DO CICLO DE FÁBRICA FECHADA, DESEMPREGO E DESALENTO
“Nós
não vamos vender nós vamos investir”, declarou Fernando Haddad, nessa
quinta-feira (27), em Caxias do Sul (RS). Candidato à presidência pelo PT,
Haddad afirmou que o caminho para recuperar o emprego será com o investimento
na indústria nacional. Na opinião do dirigente metalúrgico, Marcelino da Rocha,
Haddad representa a política do PT que gerou 20 milhões de empregos em 13 anos.
"Bolsonaro e Alckmin é continuar política que jogou milhões no
desalento".
Durante
o ato em Caxias do Sul, Haddad lembrou que o fórum naval e os estaleiros locais
estão parados. O presidenciável ressaltou que os empregos caíram de 20 mil
postos para 500 trabalhadores no último período. Marcelino, que é presidente da
Federação de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal) acrescentou que o
cenário de perda de postos tem sido o mesmo também em Minas Gerais e em São
Paulo.
“O
golpe acabou com as políticas de subsídios criadas nos governos Lula e Dilma.
Por falta de políticas do governo federal você tem áreas que viraram cemitério
de grandes, pequenas e médias empresas que fecharam. É o caso do ABC paulista”,
ressaltou o sindicalista. Uma empresa antiga em São Bernardo do Campo, a Panex,
fechou as portas no final de 2017 após 39 anos no mesmo local.
De
acordo com Marcelino, Minas Gerais também testemunhou fechamento de fabricas
como a da General Eletric e da Hilex, em Betim. Cada uma empregava cerca de 700
trabalhadores. “Em Betim, São Joaquim das Bicas e Igarapé, na região
metropolitana, havia 50 mil trabalhadores até 2016, hoje esse número caiu para
20 mil”.
“A
política do golpe não enxergou a indústria brasileira. Haddad tem defendido
incentivo à indústria nacional e local porque sabe que há um processo de
desnacionalização da indústria brasileira através das grandes corporações
estrangeiras. O Brasil precisa de uma política clara de desenvolvimento
nacional a partir do BNDES”, argumentou Marcelino.
O
dirigente chamou de “hilário” ver o candidato do PSDB Geraldo Alckmin
defendendo a indústria nacional na propaganda. “A liquidação da indústria
nacional ganhou força nos governos do tucano Fernando Henrique Cardoso. A
retomada se deu nos governos Lula com as políticas de subsídio para o setor
automobilístico, para a linha branca. Isso empregou e reaqueceu a economia de
forma contundente”.
O
presidente da Fitmetal afirmou que Haddad se diferencia de candidatos como
Alckmin e Jair Bolsonaro porque defende o investimento do estado na economia.
“Enquanto o tucano e o candidato do PSL se aproximam do estado mínimo de Temer
ou nenhum estado, Haddad vê o estado como um indutor do crescimento e com a
geração de empregos de qualidade. Os governos Lula e Dilma deram sinais de que
o país pode crescer economicamente, gerar emprego e renda com vontade
política”.
Segundo
Marcelino, na hora do voto é preciso considerar que optar pelo Haddad é romper
com a receita de Michel Temer e que tem como continuidade e aprofundamento as
candidaturas de Alckmin e Bolsonaro. “É fundamental a participação do Estado
brasileiro no desenvolvimento econômico. Essa história de livre mercado sem
considerar o papel fundamental do Estado no financiamento do desenvolvimento
aprofundou a crise no país. Qualquer país em desenvolvimento no mundo leva isso
em consideração. Nos últimos dois anos, após o golpe, isso deixou de ser feito
no Brasil. Alckmin e Bolsonaro defendem participação mínima do Estado, livre
mercado e retirada de direitos”, comparou o sindicalista.
De
janeiro de 2011 a março de 2014 dados do Ministério do Trabalho sobre emprego e
desemprego apontavam que houve um crescimento de 10,99% sobre o estoque de
empregos registrados em 2010. Nesse período foram gerados um total de 4.845.051
postos de trabalho. Somando os dois governos Lula e parte do primeiro mandato
de Dilma Rousseff foram criados 19,2 milhões de postos de trabalho enquanto
Fernando Henrique Cardoso, Itamar Franco e José Sarney criaram 10,4 milhões em
15 anos.
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