Informativo

22/03/2018

Pressão popular e resistência parlamentar adiam sessão que analisa desmonte da Eletrobras

A pressão funcionou. Foi mais uma vez adiada a reunião da comissão especial que trata da privatização da Eletrobras (PL 9463/18) e que estava marcada para essa quarta (21).

Além dos debates acalorados na sessão parlamentar de ontem, hoje pela manhã trabalhadores e trabalhadoras do setor elétrico nacional realizaram, em Brasília, em frente ao prédio da Eletrobras, uma manifestação contra a privatização da estatal e em defesa dos rios brasileiros. 

"Estamos fazendo pressão para que os parlamentares não votem o PL e a MP da privatização. Os trabalhadores técnicos do setor precisam ser ouvidos, num debate mais aprofundado sobre o tema e as consequências que a entrega das estatais ao mercado trarão para o desenvolvimento nacional", diz Vítor Frota, da CTB-DF 


O ato, coordenado por entidades e organizações, entre elas, o Sindicato dos Urbanitários de Brasília  (STIU-DF) e o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE), teve a presença de movimentos sociais que participam do Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA), que acontece  em Brasília desde o último dia 17. 

''Queremos mostrar ao governo  que Estamos unidos e mobilizados contra a privatização do setor elétrico. Estamos fazendo pressão para que os parlamentares não votem o PL e a MP da privatização",  declarou o dirigente da CTB no DF, Vítor Frota.

"Será um retrocesso gigantesco para o país,  principalmente nas regiões longínquas,  como o Amazonas, onde a gente atua e sabe dos prejuízos que a privatização vai causar para os povos do estado", diz Hirton Albuquerque, do Stiu-AM


Para Frota, falta um debate aprofundado sobre o tema, que envolve um dos patrimônios mais valiosos do Brasil. "Os trabalhadores técnicos do setor precisam ser ouvidos num debate sobre as consequências que a entrega das estatais ao mercado trarão ao desenvolvimento nacional. Estamos aqui para defender o patrimônio público e as riquezas naturais, que pertencem ao povo e à classe trabalhadora",

Na opinião do dirigente do STIU-AM, Hirton Albuquerque, "o ato foi importante para mostrar a indignação dos movimentos sociais e da população em geral com a privatização da Eletrobras. Sabemos que será um retrocesso gigantesco para o país,  principalmente nas regiões longínquas,  como o Amazonas, onde a gente atua e sabe dos prejuízos que a privatização vai causar para os povos do estado".

Fonte: De Brasília, Ruth de Souza  - Portal CTB

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