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13/02/2023

‘RETIRARAM O LEGÍTIMO DIREITO DE PROTESTO DA CLASSE TRABALHADORA ATRAVÉS DA REPRESSÃO’, DIZ PRESIDENTE DA CTB EM ATO PELA DEFESA DO PERU

Ao canto de “Se cuida imperialista, a América Latina será toda socialista”, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Federação Sindical Mundial (FSM) e a Intersindical organizaram um ato sindical e popular, sexta-feira (10), em defesa do retorno da democracia no Peru e pela renúncia da presidenta Dina Boluarte. A mobilização foi realizada em frente à sede do Consulado Geral do país sulamericano, na Avenida Paulista, 2439, no bairro da Bela Vista, em São Paulo, e contou ainda com a participação de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da União da Juventude Socialista (UJS) e da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP).

Em sua fala, o presidente interino da CTB, Renê Vicente, defendeu a liberdade do presidente deposto Pedro Castillo, que segue preso, e a convocação de eleições diretas e democráticas. “A CGTP [Confederación General de Trabajadores del Perú] convocou uma greve geral para paralisar o Peru e demonstrar à América Latina que os trabalhadores e as trabalhadoras estão sofrendo com esse golpe. Retiraram o legítimo direito de protesto da classe trabalhadora através da repressão e isso não pode continuar”, clamou o dirigente.

De acordo com Vicente, o povo peruano foi vítima de um golpe aplicado pelas elites ligadas ao fujimorismo, que representa o atraso e o descaso com a população do país.

“O imperialismo vem destituindo governos legitimamente eleitos em toda a América Latina. A democracia para o imperialismo só serve quando lambe as botas deles. Quando faz um governo progressista, democrático, que atende às demandas populares, eles vêm com golpe parlamentar, como tentaram dar no Brasil no dia 8 de janeiro”, comparou Renê.

EMERGÊNCIA, ESTADO DE EXCEÇÃO E MORTES

No último domingo (5), o governo local decretou emergência de 60 dias nos estados do Amazonas, Madre de Dios, Cusco, Puno, Apurímac, Arequipa, Moquegua e Tacna, em função das séries de protestos que pedem a saída da atual chefe do Executivo.

Também foi decretado estado de exceção nas regiões de Lima e El Callao durante todo o mês de fevereiro. Até o momento, os conflitos deixaram pelo menos 65 mortos.

Boluarte, que tomou posse após a deposição do presidente Pedro Castillo pelo Congresso e sua prisão, em 7 de dezembro, conta com reprovação de 76% da população, de acordo com o Instituto de Estudos Peruanos (IEP).

Fonte: Portal CTB

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