Informativo

07/11/2022

ONU ALERTA: MUDANÇAS CLIMÁTICAS DEVEM SER PRIORIDADE GLOBAL

Novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) orienta que à medida que os impactos do aquecimento global se intensificam em todo o mundo, as nações devem aumentar drasticamente o financiamento e a implementação de ações para ajudar comunidades vulneráveis a enfrentarem a crise climática em curso.

O texto indica que a mudança climática está dando golpe atrás de golpe na humanidade e no planeta, o que só se intensificará nos próximos anos, mesmo que o mundo comece a diminuir as emissões de gases de efeito estufa.

O relatório examina o progresso no planejamento, financiamento e implementação de ações de adaptação. Pelo menos 84% das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) estabeleceram planos, estratégias, leis e políticas de adaptação – mais 5% do que no ano anterior. Os instrumentos estão melhorando na priorização de grupos desfavorecidos, como os povos indígenas. Acesse o relatório completo aqui!

Riscos climáticos

O texto ainda faz alerta para a tendência de aumento dos riscos climáticos como os vários anos de seca no Chifre da África, as inundações sem precedentes no sul da Ásia e o intenso calor do verão em todo o hemisfério norte são evidências de uma tendência de aumento dos riscos climáticos.

O relatório observa que ainda que mais de oito em cada dez países têm pelo menos um instrumento nacional de planejamento de adaptação e trabalham para incorporar medidas mais inclusivas. O financiamento necessário para transformar esses planos em ações reais não está acompanhando tal ritmo.

Os fluxos internacionais de financiamento para adaptação nos países em desenvolvimento estão de 5 a 10 vezes abaixo das necessidades estimadas e essa disparidade continua a aumentar, a lacuna continua a aumentar.

A ONU observa que é urgente uma aceleração significativa para conseguir dobrar os fluxos financeiros até 2025, em comparação com 2019, como exigido pelo Pacto Climático de Glasgow.

As necessidades anuais estimadas de adaptação variam de US$ 160 bilhões a US$ 340 bilhões até 2030, e de US$ 315 bilhões a US$ 565 bilhões até 2050.

Abordagem unificada

O relatório conclui que a interligação das ações de adaptação e mitigação (como as soluções baseadas na natureza) desde o início em suas fases de planejamento, financiamento e implementação pode melhorar seus benefícios. Essa ligação também poderia evitar que ações se prejudiquem, como a energia hidrelétrica reduzindo a segurança alimentar ou a irrigação das culturas, aumentando o consumo de energia.

Os autores do relatório concluem que é necessária uma forte vontade política para aumentar os investimentos e os resultados da adaptação. Crises como a guerra na Ucrânia e a pandemia da COVID-19 não podem descarrilar os esforços internacionais para aumentar a adaptação à mudança climática. Vontade política sem precedentes e investimentos de longo prazo em projetos de adaptação às mudanças climáticas são urgentemente necessários para evitar que a lacuna de adaptação se amplie.

Fonte: Sintaema

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