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Hábito de cozinhar com álcool é cada vez mais comum, assim como os acidentes graves com queimaduras. Foto: Reprodução TV Bahia Hábito de cozinhar com álcool é cada vez mais comum, assim como os acidentes graves com queimaduras. Foto: Reprodução TV Bahia
11/04/2022

MULHER SEM DINHEIRO PARA GÁS, MORRE AO QUEIMAR-SE COM ÁLCOOL

Angélica Rodrigues, de 26 anos, morreu após sofrer graves queimaduras causadas por álcool em São Vicente, no litoral de São Paulo. Ela estava cozinhando com álcool combustível e teve 85% do corpo queimado.

A vítima ficou por dias internada em hospital de São Vicente, após o acidente doméstico, aguardando uma vaga para ser transferida a um hospital de referência. Segundo a família, após apenas cerca de duas semanas que ela conseguiu a vaga e foi transferida, ela acabou morrendo durante a preparação de uma cirurgia para remover a pele morta.

Segundo a cozinheira Silvia Regina dos Santos, de 42 anos, mãe da jovem, após a chama ter acabado, ela teria virado o galão de álcool, que incendiou-se e espalhou o fogo pelo corpo dela. Ela se assustou, sacudiu o galão, e o fogo espalhou-se ainda mais sobre o corpo.

“Ela não tinha dinheiro para comprar o gás, com o aumento do preço ainda, a única maneira que ela conseguiu foi cozinhar com álcool”, lamenta uma tia.

pós a jovem ser socorrida e conduzida ao hospital, ela recebeu os primeiros socorros, mas, devido à gravidade das queimaduras, precisou ser transferida. Os familiares acreditam que houve negligência no atendimento de São Vicente, porque ela ficou duas semanas sem atendimento adequado antes de conseguir a vaga.

“Lá [no hospital de São Vicente] não tem estrutura nenhuma para cuidar do caso dela. O cirurgião informou que ela aguarda vaga via Cross. Não tem cabimento ela continuar ali, porque senão ela só vai piorar. Está sofrendo, e grita de dor o tempo todo sem parar. Estamos lutando por uma vaga, tudo que pedimos é isso. Se demorar, tenho medo até de ela pegar uma infecção”, lamentou a mãe da vítima, quando o acidente doméstico no início de abril.

A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo afirma que a transferência de um paciente não depende exclusivamente de disponibilidade de vagas, mas também de quadro clínico estável que permita o deslocamento a outro serviço de saúde para sua própria segurança. Apesar dessa explicação, os serviços de saúde se contradizem nas respostas.


Angélica Rodrigues, de 26 anos

Após conseguir vaga no Hospital Geral Vila Penteado, localizado no Jardim Iracema, em São Paulo, a jovem não resistiu e veio a óbito no último dia 6.

De acordo com a tia, a família está sofrendo muito com o ocorrido, ainda mais porque eles tiveram dificuldades para conseguir o translado do corpo após o óbito. Agora que conseguiram ajuda do município para trazer o corpo, os familiares irão programar o velório e o enterro da vítima.

Fonte: Portal Vermelho

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