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25/08/2021

O APAGÃO DE BOLSONARO: GOVERNO JÁ DÁ AVAL PARA RACIONAMENTO DE ENERGIA

O Brasil vai voltar à fase de racionamento de energia elétrica. Para contornar o apagão do governo Jair Bolsonaro, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, deu aval para o início do programa de deslocamento do consumo para grandes consumidores.

A iniciativa, aguardada desde o agravamento da crise energética, prevê a redução da demanda em horários de pico, diminuindo riscos de apagões. O programa entrou em vigor segunda-feira (23) com a publicação de portaria no Diário Oficial da União. Mas, para que o plano seja implementado na prática, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) precisa publicar suas diretrizes.

Com a demora e o agravamento da crise hídrica, grandes companhias vinham se inscrevendo no programa de economia de energia do ex-presidente Michel Temer, sob responsabilidade da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Companhias intensivas no consumo de energia, como Braskem, Gerdau, Cimentos Apodi e Rima, já aderiram ao programa para tentar uma saída à energia produzida pelas térmicas, quase dez vezes mais caras do que as hidrelétricas.

Batizado de Redução Voluntária de Demanda de Energia Elétrica (RVD), o plano do governo Bolsonaro é a primeira medida relacionada à demanda, desde junho, quando foi criada a Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (Creg), que só vinha determinando produção de energia por termelétricas e a importação. Não está certo, porém, se medidas pontuais serão suficientes para evitar o risco de apagões.

Na opinião do mercado, embora o País enfrente a pior crise hídrica dos últimos 91 anos, tudo se agrava com a negligência bolsonarista. Ficar restrito em medidas de aumento de oferta era um sinal de negacionismo do governo no enfrentamento da crise.

Estudos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) alertam para a possibilidade de esgotamento da potência de energia ao fim do período seco, gerando risco de apagões localizados nos horários de maior demanda, quando a rede de energia demanda uma operação mais intensa das usinas hidrelétricas.

As empresas que aderirem terão de remanejar sua jornada de trabalho prevendo intervalos de redução de ao menos 80% do consumo médio de energia. Ao fazer o pedido, elas terão de informar a quantidade de energia que se dispõem a economizar e o preço que pretendem receber por isso.

Fonte: Portal Vermelho, com informações do Valor Econômico

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