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12/02/2021

AUTONOMIA DO BANCO CENTRAL PODE INVIABILIZAR GOVERNOS DESENVOLVIMENTISTAS, SEGUNDO DIEESE

Análise feita pelos técnicos do Dieese indica que a autonomia do Banco Central, aprovada quarta-feira (10) na Câmara dos Deputados, representa o enfraquecimento dos instrumentos de política econômica do governo e, por consequência, pode inviabilizar políticas desenvolvimentistas.

Com as mudanças, o início do período dos mandatos do presidente e dos diretores do Banco Central deixará de coincidir com o do mandato do presidente da República; o BC não possuirá mais vínculo com o Ministério da Economia ou com qualquer outro ministério; o presidente da República não poderá mais trocar a diretoria do Banco Central, exceto em situações especiais.

Se, por exemplo, em 2022, o país eleger um novo presidente, com um projeto de retomada da atividade econômica, geração de empregos, desenvolvimento econômico, com redução das desigualdades, ele terá sérios problemas para seguir adiante com os propósitos que o elegeram.

É mais uma ofensiva da extrema direita bolsonarista, em aliança com a direita neoliberal abrigada no mal chamado Centrão, na direção do Estado mínimo. Ou seja, de uma sociedade totalmente comandada pelo Deus mercado, no qual é notória a supremacia dos interesses da oligarquia financeira (contemplados zelosamente pela maioria dos deputados). É o caminho do desastre imposto ao povo brasileiro pelas classes dominantes desde o golpe de 2016, que conduziu Michel Temer ao Palácio do Planalto.

O que se pretende ampliando a autonomia do Banco Central, que já era grande na época de Lula, é blindar definitivamente as políticas neoliberais contra o julgamento das urnas e bloquear o caminho de governos que defendem políticas alternativas engessando o Executivo, retirando-lhe o poder de determinar a política monetária e restringindo ainda mais as margens de manobras fiscais, hoje sufocadas pelo teto de gastos.

Acesse a íntegra da Síntese Especial sobre o tema feito pelo Dieese, aqui:

Fonte: Portal CTB

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