Informativo
SINDICALISTAS DIVULGAM MANIFESTO EM APOIO A GUILHERME BOULOS
Guilherme Boulos, do
PSOL, é o candidato mais identificado com as causas da classe trabalhadora em
São Paulo e comprometido com o efetivo combate ao desemprego, a reversão da
política de privatização e a defesa dos serviços públicos e dos interesses
populares, na opinião de líderes sindicais de diferentes centrais que decidiram apoiá-lo no segundo turno das eleições na capital paulista.
Entre eles, os presidentes da CTB nacional, Adilson Araújo, e da CTB/SP, Rene
Vicente.
Veja
abaixo as razões elencadas pelos sindicalistas:
MANIFESTO
EM DEFESA DA VIDA, DOS SERVIÇOS PÚBLICOS, DA GERAÇÃO DE EMPREGO, RENDA E
TRABALHO DECENTE
A
partir do golpe de 2016, a classe trabalhadora tem sofrido vários ataques aos
direitos, e o mundo do trabalho foi um dos mais afetados. Sob a falsa
justificativa de modernizar as relações de trabalho para gerar emprego e
retomar o crescimento econômico, o governo Temer aprovou a reforma trabalhista,
retirando direitos já garantidos e consolidados. Além de precarizar as relações
de trabalho também enfraqueceu os sindicatos.
A
eleição do presidente Bolsonaro, que ocorreu de forma fraudulenta, acentuou o
problema: uma das primeiras medidas do seu governo foi extinguir o Ministério
do Trabalho, o que fez com que as políticas públicas de trabalho fossem
dissolvidas e desarticuladas. Por isso nossa luta para pôr fim a esse governo
também se traduz nas eleições municipais, sendo uma trincheira pelo Fora
Bolsonaro e sua política privatista e entreguista da soberania nacional.
A
complexidade das mudanças no mundo do trabalho, bem como a crise econômica e
social, exigem que o governo da maior cidade do país apresente respostas
assertivas, criativas e inovadoras, que estejam à altura do que está colocado.
Deve dialogar com as demandas da classe trabalhadora, gerando, inclusive,
oportunidade de trabalho próximo das moradias dos trabalhadores e
trabalhadoras, visando o desenvolvimento local.
As
políticas públicas de trabalho, emprego, geração de renda e a economia
solidária com desenvolvimento local precisam ser tratadas como prioridade pela
prefeitura. Da mesma forma, devem estar no centro, as políticas de
fortalecimento da gestão pública, promovendo e ampliando os serviços públicos
para atender as demandas da população, sobretudo os mais carentes.
O
próximo prefeito da nossa cidade precisa ter compromisso com serviços públicos
de qualidade, valorizando os trabalhadores e as trabalhadoras do município,
dentro de uma gestão democrática, com negociação efetiva e com iniciativa de
mudar a lei salarial para garantir minimamente a reposição inflacionária anual,
bem como aumento real de salário, respeitando a liberdade de organização
sindical.
Igualmente
importante é o empenho da gestão municipal na revogação do SampaPrev, inserida
no quadro da luta nacional contra as reformas de Bolsonaro. E, para colocar São
Paulo de uma vez por todas na trincheira de luta contra o neoliberalismo,
devemos ter como marca de gestão a desprivatização, criando a Secretaria de
Remunicipalização e Recuperação dos Serviços Públicos, para elaborar um plano
de reversão das privatizações, trazendo os serviços públicos de volta para a
administração pública e abrindo concursos para contratação de trabalhadores
(as) em todas as áreas. Nesse sentido deve-se somar a luta em defesa do
saneamento público, para garantir esse direito básico de forma universal para o
povo paulistano.
Também
é necessário que a prefeitura implemente políticas públicas para geração de
emprego e renda e retome a agenda do trabalho decente na cidade. Para isso, a
prefeitura precisa regulamentar a economia de plataforma, para que as empresas
garantam condições de trabalho e remuneração justas aos trabalhadores de
aplicativos. Nesse sentido, também precisamos de políticas específicas para
inclusão de jovens e pessoas acima de 40 anos no mercado de trabalho, assim
como para as mulheres, negros e negras, LGBT, pessoas com deficiência,
imigrantes e refugiados (as), cada qual com a sua especificidade. Para garantir
essa transversalidade, é de suma importância recriar as secretarias municipais
de Políticas para as Mulheres e de Promoção da Igualdade Racial, bem como criar
a Secretaria do Imigrante.
E
quem pode imaginar São Paulo sem o comércio ambulante, que gera renda para
tantas famílias e movimenta a economia da cidade? Por isso é preciso
restabelecer e aprimorar mecanismos de regularização da economia informal e do
comércio popular, bem como rever o papel da operação delegada e reestruturar a
fiscalização das subprefeituras.
Essas
pautas são fundamentais para resgatar a dignidade da classe trabalhadora
paulistana e fazem parte do enfrentamento necessário ao projeto neoliberal que
vem sendo aprofundado por Bruno Covas, João Dória e Bolsonaro. É
com esse entendimento, e com a certeza de que somente com a unidade do campo
democrático e popular que iremos fazer as transformações necessárias para uma
cidade mais justa, que o movimento sindical se soma à campanha de Guilherme
Boulos para prefeito de São Paulo!
Fonte:
Portal CTB
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