Informativo
CENTRAIS SINDICAIS LANÇAM CAMPANHA #600PELOBRASIL NESTA QUINTA-FEIRA (17)
As centrais sindicais lançam nesta
quinta-feira (17) a campanha #600peloBrasil, com ênfase na mobilização para
sensibilizar o Congresso Nacional. O objetivo é impedir que o governo Bolsonaro
contrarie mais uma vez a classe trabalhadora e a população vulnerável reduzindo
à metade o valor do auxílio emergencial.
Os dirigentes também reiteraram a
solidariedade e participação nos atos em apoio à greve dos Correios, bem como
na Campanha em Defesa dos Serviços Públicos.
Pressão no Congresso
Com abaixo-assinado, ações nas mídias sociais
e nos locais de trabalho, a CTB e outras 10 centrais sindicais propagam o
slogan “600 Pelo Brasil – Coloca o auxílio emergencial pra votar, Maia”,
induzindo o presidente da Câmara a colocar em votação a Medida Provisória
1.000/2020, publicada pelo governo federal no dia 3 de setembro. O governo teme
uma derrota e quer evitar a votação.
A campanha defende a renda básica permanente
e terá o apoio das torcidas organizadas, dos movimentos sociais, bem como de
partidos e organizações progressistas.
Vota 600
A MP prorrogou o auxílio emergencial até
dezembro de 2020 e rebaixou seu valor à metade (R$ 300,00), mas tem de ser
aprovada no Congresso Nacional. Aprovar a medida cortando o valor do benefício
à metade provocaria desgaste aos parlamentares nesse momento de pré-campanha
eleitoral municipal.
O texto da MP recebeu nada menos que 262
propostas de emenda de deputados e senadores. Boa parte delas eleva o valor do
auxílio, um sintoma de que o novo valor proposto por Jair Bolsonaro e seu lastimável
ministro da Economia, Paulo Guedes, não goza de boa reputação entre os
parlamentares. Compreensivelmente, deputados e deputadas, senadores e senadoras
ficam mais sensíveis no momento em que o ofício lhes exige que peçam o voto
popular.
Se for colocada em votação pelo presidente da
Câmara, a MP pode ser rejeitada e o auxílio permanecer no valor de R$ 600,00.
Um eventual veto, em nome do dogmatismo fiscal, também desgastaria Bolsonaro e
pode embaralhar seu sonho de reeleição em 2020. Por isso, interessa ao
presidente e aos parlamentares que o apoiam evitar a votação da MP, deixar que
ela caduque depois de vigorar nos próximos meses.
Em contraposição, conforme destacam as
lideranças, o propósito das centrais sindicais é defender a vida, os direitos e
os interesses da classe trabalhadora, especialmente as camadas mais
vulneráveis; preservar os 600 reais e lutar por medidas emergenciais contra o
desemprego em massa.
Outro ponto ressaltado pelos sindicalistas é
que o corte no valor do benefício é contraproducente do ponto de vista
econômico. Os economistas são unânimes na conclusão de que o auxílio
emergencial foi fundamental para amenizar os efeitos dolorosos da crise
econômica alavancada pela pandemia do coronavírus ao aquecer o mercado interno
e aliviar a queda das vendas no varejo. Sem ele, o tombo do PIB seria maior.
Por esta razão o novo valor proposto por
Bolsonaro é considerado inaceitável no meio sindical. O presidente da CTB,
Adilson Araújo, rebate os argumentos de que o governo não tem dinheiro e
sustenta que existem meios de financiar as despesas decorrentes do benefício.
“É preciso cobrar dos mais ricos a
contribuição necessária para contornar a crise”, sugeriu. “É hora de promover
inovações tributárias progressistas como a instituição de um imposto sobre
grandes fortunas, a taxação das remessas de lucros e dividendos das
transnacionais, o aumento das alíquotas de tributos incidentes sobre as
heranças, entre outras. O governo pode recorrer inclusive à emissão de moeda,
como recomendam muitas especialistas”, acrescentou.
“É preciso cobrar dos mais ricos a
contribuição necessária para contornar a crise”, sugeriu. “É hora de promover
inovações tributárias progressistas como a instituição de um imposto sobre
grandes fortunas, a taxação das remessas de lucros e dividendos das
transnacionais, o aumento das alíquotas de tributos incidentes sobre as
heranças, entre outras. O governo pode recorrer inclusive à emissão de moeda,
como recomendam muitas especialistas”, acrescentou.
Calendário das centrais
Lançamento da campanha dia 17/09 as 11hs e
apresentação para a grande mídia as 13hs.
Aprovado os materiais e o foco da campanha apresentada conforme documento
anexo.
2- Apoio a greves dos trabalhadores dos
Correios
Encaminhamentos:
Centrais farão contatos de modo a viabilizar pressão junto ao TST sobre o
julgamento da greve;
Centrais participarão das atividades de apoio a greve nos dias 17 e 21/09/2020;
Será realizada uma reunião na sexta-feira (18/09/2020) entre as Centrais
Sindicais que tem entidades que representam os trabalhadores dos Correios com
os respectivos sindicatos para debater a situação e desfecho da greve.
3- Reforma administrativa Encaminhamentos:
Será realizada uma reunião das Centrais
específica sobre a reforma administrativa no dia 22/09/2020 as 09h30, na qual
serão convidadas as entidades sindicais que compõe a Campanha de Defesa dos
Serviços Públicos.
Fonte:
Portal CTB
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