Informativo
A democracia é ameaçada por um governo que está na margem de erro
Em
discurso na tribuna da Câmara, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) apontou os
desafios enfrentados pelo Brasil, diante da mais grave crise política dos
últimos anos e das medidas do governo de Michel Temer que ameaçam, segundo ela,
a soberania do país.
Por Dayane Santos
“Nós
precisamos ter soberania na economia, precisamos ter soberania nos instrumentos
estratégicos de desenvolvimento, nós precisamos ter respeito à liberdade, à
democracia dos seres humanos, à liberdade de expressão, à liberdade de viver, e
à liberdade da arte e da criatividade”, defendeu a parlamentar em discurso no
dia 3 de outubro, por ocasião dos 64 anos da lei que criou a Petrobras.
“Uma
lei de Getúlio Vargas, de nº 2004, fundou a empresa, apesar de muitas opiniões
em contrário, que diziam – obviamente por interesses que não eram
brasileiros, não eram nacionais –, que o Brasil não tinha petróleo. Esse era o
discurso predominante de muitos para impedir que o Brasil tivesse a estratégica
possibilidade de ter a sua fonte energética de desenvolvimento, que seria
exatamente o petróleo”, lembrou Jandira.
E
acrescentou: “Vejam que hoje, em 2017, nós não temos apenas o petróleo, mas
somos líderes mundiais em tecnologia de águas profundas, descobrimos o
pré-sal – e aqui vai uma homenagem ao geólogo Guilherme Estrella, que é o
responsável maior por essa descoberta durante o governo Lula – e hoje
somos referência em petróleo e muito cobiçados no mundo pelo volume das
reservas que temos no Brasil”.
Para
a deputada, a soberania é, antes de tudo, “um direito do povo brasileiro,
porque somos uma Nação, não somos colônias das grandes potências, não temos que
abaixar a cabeça para o império americano, nem para império nenhum”.
Jandira
destacou ainda as manifestações realizadas no Rio de Janeiro e em diversas
cidades do país em rechaço à agenda entreguista de Temer. Citando
particularmente os atos realizados no Rio de Janeiro, que reuniram mais de 50
mil pessoas, a deputada comunista afirmou que as manifestações são “uma profunda
demonstração de brasilidade, de patriotismo e, ao mesmo tempo, de vinculação
com a soberania popular”.
CRISE POLÍTICA
Sobre
a crise política, Jandira defendeu a formação de uma ampla frente em defesa da
democracia, que está em xeque após o golpe de 2016, que afastou a presidenta
Dilma Rousseff.
“Uma
democracia que todo dia é ameaçada pelo autoritarismo de um governo que está na
margem de erro, que está na lona, que não tem legitimidade nem apoio popular;
uma democracia ameaçada por uma hipertrofia de poderes do sistema de Justiça,
que acha que determina, por fora da política, os rumos da política brasileira;
uma democracia ameaçada por militares que se insinuam falando em intervenção;
uma democracia ameaçada por retirada de direitos; uma democracia ameaçada por
manifestações fascistas contra a arte brasileira, dentro dos museus, onde
prefeitos, falando em nome do poder público, querem proibir manifestações de
arte, como de São Paulo e do Rio de Janeiro”, enfatizou.
“Nós
não podemos admitir que o conservadorismo e o fascismo vençam!”, conclamou
Jandira, salientando que, na atual conjuntura, as divergências não podem estar
acima da democracia. Rebatendo o discurso da criminalização da política
insuflado pela mídia, Jandira reforçou a importância dos partidos políticos
para a democracia e repeliu a proposta de candidatura avulsa, que é tema de uma
ação que será debatida no Supremo Tribunal Federal.
“Aqui,
nós temos divergências, sim, e várias, em vários aspectos. Mas com democracia
não se brinca, com partidos políticos que têm representação não se brinca. Se
eles têm representação, é porque tiveram votos. Se tiveram votos, é porque
parcela da sociedade se enxerga nesses partidos. Os partidos têm que ser
respeitados. O que é isso agora na pauta do Supremo Tribunal Federal,
candidatura avulsa? Não cabe candidatura avulsa!”. Advertiu.
E
segue: “Precisamos respeitar a representação dos partidos, precisamos respeitar
a institucionalidade brasileira. Que se resolva isso pela soberania do voto
popular, por regras democráticas, mas não por intervenção de Poderes”.
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