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Luciana Santos - Reprodução: PCdoB na Câmara Luciana Santos - Reprodução: PCdoB na Câmara
26/02/2020

PCDOB DEFENDE AMPLA E IMEDIATA RESPOSTA AO GOLPISMO DE BOLSONARO

A presidenta do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Luciana Santos, considerou gravíssima a atitude do presidente da República, Jair Bolsonaro, de chancelar seu apoio a um ato contra o Congresso Nacional, marcado para o dia 15 de março.

O ato contra a democracia já estava sendo veiculado por seus apoiadores. O presidente apoiou a convocação nas redes sociais e divulgou um vídeo se apresentando como salvador da pátria.

Na semana passada, em cerimônia no Palácio do Planalto, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, chamou o Congresso de “chantagista” e pediu para o “povo” ir às ruas contra o parlamento, atitude que incentivou a convocação do ato de 15 de março.

BATALHA DAS RUAS

Para Luciana Santos, a ameaça de Bolsonaro e sua pregação continuada contra a democracia mostra que suas atitudes não são mera retórica. Esse episódio é uma prova inconteste de que Bolsonaro vai testando os limites no rumo de impor uma mudança de regime no país, avalia.

Diante dessa ameaça real, afirma a presidenta do PCdoB, são imperativas a tomada de posição e a união de todas as lideranças dos partidos que prezam a democracia, independente de matizes ideológicas e eventuais divergências políticas.

Luciana Santos orientou a liderança do PCdoB na Câmara dos Deputados e toda a bancada a empreender intensa mobilização para agregar e pôr em ação um amplo leque de parlamentares em defesa da democracia.

A presidenta do PCdoB fez contato com o fórum dos partidos de esquerda para propor uma reunião, o mais breve possível, com convite extensivo a todos partidos que se opõem ao ataque ao Poder Legislativo.

Luciana Santos também avalia que os governadores vêm desempenhando papel importante na defesa da institucionalidades e são fundamentais nesse momento. Ela tem mantido contato constante com Flávio Dino, governador do Maranhão, um dos líderes dessa tomada de posição dos governadores.

A presidenta do PCdoB considera também que a batalha das ruas, a mobilização povo, é outra questão chave. Para ela, as entidades dos movimentos sociais e sindical devem organizar uma ampla mobilização popular em defesa da democracia. Ela está em conversações com lideranças desses movimentos para contribuir com a busca de uma ação unitária.

EX-PRESIDENTES

A gravíssima atitude do presidente objetivamente tem um conteúdo de ruptura com o regime democrático e põe em risco a democracia.

Nesse tom, reagiram três ex-presidentes da República: Fernando Henrique Cardoso (FHC), Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Segundo FHC, o país está “com uma crise institucional de consequências gravíssimas”. “Calar seria concordar. Melhor gritar enquanto se tem voz, mesmo no Carnaval, com poucos ouvindo”, afirmou.

“É urgente que o Congresso Nacional, as instituições e a sociedade se posicionem diante de mais esse ataque para defender a democracia”, disse Lula.

Dilma Rousseff asseverou que Bolsonaro e o general Heleno estão atentando descaradamente contra a Constituição e a democracia. “Torna-se  urgente e necessária forte resposta das instituições ou o país mergulhará, mais uma vez, na escuridão das ditaduras”, alertou.

POSIÇÃO FIRME

O governador do estado Maranhão, Flávio Dino, também se pronunciou com contundência. Ele considerou o caso “extremamente grave” e lembrou que “coação constitui crime de responsabilidade”.

Deputados e deputadas da bancada do PCdoB igualmente responderam com firme à ameaça de Bolsonaro. Vários parlamentares de outras legendas também se posicionaram com veemência – entre eles os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Humberto Costa (PT-PE), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Weverton Rocha (PDT-MA).

O líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), propôs uma reunião de emergência entre os presidentes da Câmara e do Senado, e líderes dos partidos. “Temos que parar Bolsonaro! Basta! As forças democráticas deste país têm que se unir agora. Já! É inadiável uma reunião de forças contra esse poder autoritário. Ou defendemos a democracia agora ou não teremos mais nada para defender em breve”, disse Molon.

A líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), enviou mensagem a Rodrigo Maia pedindo uma posição firme em defesa do Poder Legislativo. “Não dá pra encarar mais essa atitude do presidente como algo menor ou isolado”, disse ela.

Fonte: Portal Vermelho, com informações de agências

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