Informativo
METADE DOS BRASILEIROS VIVE COM APENAS R$ 413 POR MÊS, MOSTRA IBGE
O aumento da concentração da renda e da
miséria é produto do golpe de Estado de 2016. Em todo o país, 10,4 milhões de
pessoas (5% da população) sobrevivem com R$ 51 mensais, em média; do outro
lado, 1% tinha renda acima de R$ 16.297
A desigualdade de renda no país alcançou
patamar recorde em 2018 dentro da série histórica da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A metade mais pobre da população,
quase 104 milhões de brasileiros, vivia com apenas R$ 413 mensais, considerando
todas as fontes de renda.
No outro extremo, o 1% mais rico – somente
2,1 milhões de pessoas – tinha renda média de R$ 16.297 por pessoa. Ou seja,
essa pequena fatia mais abastada da população ganhava quase 40 vezes mais que a
metade da base da pirâmide populacional.
Em todo o país, 10,4 milhões de pessoas (5%
da população) sobrevivem com R$ 51 mensais, em média. Se considerados os 30%
mais pobres, o equivalente a 60,4 milhões de pessoas, a renda média per capita
subia a apenas R$ 269.
Mesmo passada a crise econômica (2015-2016),
a desigualdade se agravou. A renda domiciliar per capita dos 5% mais pobres
caiu 3,8% na passagem de 2017 para 2018. Ao mesmo tempo, a renda da fatia mais
rica (1% da população) cresceu 8,2%.
O Índice de Gini da renda domiciliar per
capita – medida de desigualdade de renda numa escala de 0 a 1, em que quanto
mais perto de 1 maior é a desigualdade – subiu de 0,538 em 2017 para 0,545 em
2018, patamar auge na pesquisa.
Este resultado é produto direto das políticas
econômicas adotadas desde o golpe de Estado de 2016, que precarizaram as
relações trabalhistas, ampliaram o desemprego em massa e reduziram
substancilmente os investimentos em Saúde, Educação e seguridade social.
Os mais pobres ficaram mais pobres, os mais
ricos ficaram mais ricos, confirmou Maria Lucia Vieira, gerente da Pnad. Para a
pesquisadora, o fenômeno tem relação com a crise no mercado de trabalho, que
afetou especialmente o extrato de trabalhadores com menor qualificação e menor
remuneração.
“Continuam no mercado de trabalho aqueles que
ganham mais”, justificou Maria Lucia Vieira.
Quando começou a melhora na geração de vagas,
os desempregados que conseguiram retornar ao mercado de trabalho passaram a
ganhar menos em funções semelhantes ou a atuar em postos informais, que também
remuneram menos.
“Quando as pessoas perdem seus trabalhos,
elas vão arrumar outras ocupações em que elas consigam ter alguma remuneração.
Se o momento tem mais demanda por trabalho do que oferta, as pessoas acabam
aceitando trabalhos com remunerações mais baixas” explicou a gerente da Pnad.
Com mais pessoas trabalhando, a massa de
renda de todas as fontes cresceu de R$ 264,9 bilhões em 2017 para R$ 277,7
bilhões em 2018. Como a concentração de renda aumentou, os 10% mais pobres
detinham apenas 0,8% da massa de rendimentos, enquanto que os 10% mais ricos
concentravam 43,1% desse bolo.
Se considerados apenas os trabalhadores com
renda do trabalho, a fatia de 1% mais bem remunerada recebia R$ 27.744 mensais,
o que corresponde a 33,8 vezes o rendimento dos 50% dos trabalhadores com os
menores rendimentos, que recebiam, em média, R$ 820, menos que o salário mínimo
em vigor no ano. A diferença foi a maior da série histórica da pesquisa.
Mas diferenças muito mais gritantes se
revelam quando se considera os supericos do país, que não recebem salários.
Grandes empresários como o banqueiro Paulo Lemann, cujo patrimônio se eleva a
bilhões de dólares e correspondem à renda de dezenas de milhões de brasileiros
pobres.
O índice de Gini da renda do trabalho também
registrou piora na passagem de 2017 para 2018, subindo de 0,501 para 0,509 no
período, o patamar mais elevado da série.
Fonte:
Portal CTB, com informações do Estadão
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