Informativo

05/06/2019

BOLSONARO E GUEDES ADMITEM QUE REFORMA DA PREVIDÊNCIA NÃO TRARÁ CRESCIMENTO

Depois de toda a propaganda oficial de que a liquidação da Previdência Social traria imediatamente um vigoroso crescimento econômico, Jair Bolsonaro e Paulo Guedes já admitem que isso não acontecerá. Bolsonaro distribuiu um tweet de Guedes na manhã desta quarta-feira (5) dizendo que a equipe econômica teria "medidas prontas para retomar o crescimento" que nada têm a ver com a reforma. Agora falam em "Novo Pacto Federativo e a Reforma Tributária".

O programa da direita no país tem apresentado o crescimento econômico como uma cenoura para o país, só que, como na imagem do burrico e da cenoura na ponta da vara, ela nunca será alcançada. Primeiro foi a "reforma trabalhista" que traria "milhões de empregos", segundo Michel Temer - e foi um fiasco. Depois, foi a "reforma da Previdência". Ela sequer foi aprovada, mas as elites já começam a agitar as novas cenouras, do "pacto federativo" e da "reforma tributária". Enquanto isso, seguem destruindo o país.

Sem conseguir fazer a economia decolar, Bolsonaro usou o Twitter para dizer que a reforma da Previdência não é o único foco do governo. "Paulo Guedes diz que equipe econômica tem medidas prontas para retomar o crescimento. Após a aprovação da #novaprevidência, enviará ao Congresso o Novo Pacto Federativo e a Reforma Tributária. "Quero garantir aos senhores que não estamos parados à espera da nova Previdência".

O fiasco do programa econômico da direita, porém, é evidenciado na taxa de 12,5% de desempregados no trimestre encerrado em abril, que corresponde a cerca de 13,2 milhões de trabalhadores em busca de uma vaga no mercado de trabalho, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda segundo o IBGE, outros 28,4 milhões de trabalhadores são subutilizados no Brasil, número recorde da série histórica iniciada em 2012 (leia no Brasil 247).

Nesta linha, também segundo o IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 0,2% no primeiro trimestre, na primeira contração registrada desde o golpe de 2016, que tirou Dilma Rousseff da Presidência da República (leia no Brasil247). No primeiro trimestre, a indústria encolheu 0,7% e o setor de serviços registrou um crescimento pífio, de apenas de 0,2%, contido pelo desemprego elevado.

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